Sem responder perguntas, secretário defende integração de polícias para apurar morte de médicos

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, José Renato Torres, defendeu uma integração entre as forças de segurança para investigar a morte de três médicos na madrugada desta quinta (5) na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense.

Inicialmente, Torres e o testante da cúpula de segurança do estado iriam participar dar uma entrevista coletiva para falar sobre o crime. Após uma hora de atraso, porém, o governo de Cláudio Castro (PL) anunciou que as autoridades iriam apenas fazer um pronunciamento, sem responder perguntas de jornalistas.

“Um fato grave. Entendemos que teria que ter uma integração [das polícias] para resolver esse grave crime. Acredito que vamos dar uma resposta em um espaço de tempo. A polícia do Rio está à disposição do delegado Henrique Damasceno para que esse crime não fique impune. A investigação precisa maturar”, disse Torres durante seu rápido pronunciamento.

Nem o secretário nem as outras pessoas que falaram no evento deram mais detalhes do caso ou indicaram quais as hipóteses que estão sendo investigadas.

Damasceno é diretor do Departamento de Homicídios da capital fluminense, que será a responsável pela investigação. Em 2021, ele cuidou do caso do menino Henry Borel, 4 anos, e indiciou o ex-deputado estadual Jairo Souza e sua companheira, Monique Medeiros, pela morte da criança.

Após a fala do secretário, Damasceno disse que a Polícia Civil está se esforçando com todos os recursos para resolver o caso.

Após a declaração de Torres, o delegado da Polícia Federal João Paulo Garrido, designado pelo Ministério da Justiça para acompanhar o caso, afirmou que a corporação dará todo o apoio necessário.

A representante do Ministério Público do Rio de Janeiro, a promotora Adriana Lucas, foi a última a falar e afirmou apenas que já um promotor designado.

Investigadores ouvidos pela Folha afirmam que a Polícia Civil investiga se os três médicos teriam sido executados. Um quarto médico ficou ferido na ação.

Os policiais dizem que a hipótese de execução ganhou força pois é possível ver nas imagens de câmeras de segurança que os criminosos que desceram de um veículo atirando voltam até o quiosque para realizar mais disparos.

Ao menos 33 tiros foram disparados contra os quatro médicos que estavam sentados em uma mesa no quiosque em frente ao Windsor Hotel, na avenida Lúcio Costa. Segundo a polícia, foram recolhidos 33 estojos de pistola 9 mm no local do crime

Marcos de Andrade Corsato, 62, Diego Ralf de Souza Bomfim, 35, e Perseu Ribeiro Almeida, 33, morreram no local. Dois deles são de São Paulo e um da Bahia, e o grupo estava na cidade para um congresso de ortopedia. Bomfim era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL), que é casada com o também deputado federal Glauber Braga, do mesmo partido.

BRUNA FANTTI / Folhapress

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