Sem respostas há 1 mês, família de Edson Davi faz protesto em praia no Rio

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Um ato organizado por familiares e amigos de Édson Davi Silva de Almeida neste domingo (4), cobra respostas sobre o desaparecimento da criança.

Davi foi visto pela última vez no dia 4 de janeiro na praia da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, na altura do posto 4, onde os pais trabalham numa barraca na areia.

Novas imagens que mostram o menino no local, com os cabelos secos, em um horário mais tarde que os registros divulgados pela polícia anteriormente, trouxe esperança à família da criança.

A mãe de Davi, Marize Araújo disse que o filho aparece na gravação por volta de 16h47 do dia 4 de janeiro. De acordo com as investigações, o desaparecimento ocorreu entre 16h30 e 17h daquele dia.

Em publicação nas redes sociais, a mãe do menino explicou que o vídeo foi feito por um funcionário da barraca que a família administra.

“Esse vídeo que a gente encontrou mostra o Davi ao lado do pai, na barraca, olhando o pai fazer um suco para um cliente. Os outros vídeos que foram divulgados são de horários anteriores. Então, para mim, é uma maior prova de que meu filho foi levado por alguém. Pois nesse vídeo ele aparece com a roupinha seca, cabelos secos, provando que ele não tinha entrado na água”, disse Marize.

A Polícia Civil trabalha com a principal linha de investigação que indica que Davi sofreu um afogamento. Mas os parentes não acreditam nessa hipótese. Eles afirmam que o menino tinha medo de entrar na água e não descartam que o menino possa ter sido sequestrado.

Outros registros analisados pelos investigadores mostravam a criança próxima do mar. Ao menos três testemunhas ouvidas pela polícia afirmaram ter visto o menino entrar no mar antes de ele desaparecer. O caso é investigado pela DDPA (Delegacia de Descobertas de Paradeiros).

De acordo com a Polícia Civil, os agentes já analisaram imagens de 13 câmeras de segurança localizadas ao redor da orla da praia da Barra, em um perímetro de dois quilômetros. A nova gravação mostra o menino na barraca do pai logo após a partida de futebol, mas ainda não há registros que mostrem ele saindo da praia.

Desde o dia 4 de janeiro, o Corpo de Bombeiros também faz buscas no mar. Os militares que trabalhavam no dia do desaparecimento de Davi foram ouvidos na delegacia. Segundo a polícia, os bombeiros afirmaram que o mar estava agitado, mas que não viram o menino entrar na água.

No dia em que sumiu, o menino acompanhava o pai na barraca.

Os pais de Edson Davi não trabalham mais na barraca, pois não têm condições emocionais. Mesmo assim, a mãe do menino passa os dias na praia na esperança de encontrar o filho.

Uma família de argentinos que brincava com o menino na areia pouco antes do desaparecimento foi encontrada e ouvida pela polícia. Eles disseram que deixaram o garoto e voltaram para o hotel por volta de 16h30. As imagens do hotel também foram analisadas, e eles não são suspeitos.

ALÉXIA SOUSA / Folhapress

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