RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – A candidatura do Brasil para sediar a Copa do Mundo Feminina 2027 concorre nesta sexta-feira (17) com uma tríplice aliança europeia, formada por Bélgica, Holanda e Alemanha, e tenta receber a maioria dos votos das associações ligadas à Fifa. Pode ser a primeira Copa do Mundo Feminina em solo sul-americano. Mas quais são os planos brasileiros?
Quando será a competição?
O Brasil propõe que a Copa do Mundo Feminina seja entre 24 de junho e 25 de julho de 2027.
Quais os estádios envolvidos
A proposta é que o Maracanã, no Rio de Janeiro, seja o palco da abertura e da final do Mundial.
Ao todo, a candidatura brasileira tem dez estádios/cidades.
Os outros locais são: São Paulo (Neo Química Arena), Porto Alegre (Beira-Rio), Belo Horizonte (Mineirão), Brasília (Mané Garrincha), Cuiabá (Arena Pantanal), Salvador (Arena Fonte Nova), Recife (Arena Pernambuco), Fortaleza (Castelão) e Manaus (Arena da Amazônia).
O estádio do Corinthians estaria na competição até as semifinais. A outra semifinal seria em Brasília.
A Fifa considerou que os estádios brasileiros estão em “boas condições e atendem à maioria dos requisitos” para receber a Copa do Mundo.
Todos os dez receberam jogos da Copa do Mundo masculina, em 2014.
Impacto no calendário
A CBF já disse à Fifa que as competições nacionais serão interrompidas durante a Copa. Ou seja, nada de Brasileirão masculino, por exemplo, durante a Copa feminina. Isso vai demandar um ajuste de calendário em 2027.
Essa pausa é para que o Mundial não tenha concorrência de atenção e espaço com outros torneios.
Qual o gancho da candidatura?
O slogan escolhido foi “Natural como o futebol”. O gancho é levar à Copa do Mundo um aspecto de sustentabilidade e tratar o Brasil como uma “escolha natural”. No duplo sentido mesmo, valorizando a natureza local.
Acomodações para times e árbitros
O Brasil propôs 44 centros de treinamento espalhados pelo país. Sendo três locais para árbitros e mais 39 hotéis nas cidades-sede. Todos esses hotéis têm um local de treino associado. Ao todo, são 86 hotéis e 86 locais de treino.
Onde vai ser o IBC?
A proposta é que o Centro de Transmissão Internacional (IBC, sigla em inglês) seja no Rio. E há duas opções: uma no Parque Olímpico, no mesmo local que recebeu a estrutura para os Jogos Olímpicos de 2016, e o Riocentro, onde ficou o IBC durante a Copa do Mundo.
A Fifa considera que o Riocentro é o melhor local.
Fan fests?
A ideia é que todas as dez capitais tenham fan fests. No Rio, isso inclui a praia de Copacabana.
Parte comercial
O Brasil se coloca como um país de baixo risco para a Fifa em termos de geração de receita.
A perspectiva é otimista a respeito do envolvimento do mercado em termos de patrocínios e outras linhas de arrecadação, como hospitalidade e marketing.
Os custos da Fifa, considerando o câmbio do dólar em relação ao Real, seriam relativamente baixos.
Legado?
A proposta é de legado esportivo e estrutural para o futebol feminino no Brasil.
O relatório da Fifa citou os planos da CBF de reforçar a pirâmide competitiva do futebol feminino, criando 54 competições estaduais, com ajuda das federações, para as categorias sub-15 e sub-17.
A CBF também lançou a seleção feminina sub-15 como parte do plano de reestruturação.
IGOR SIQUEIRA / Folhapress