Senado aprova indicados de Lula ao Cade e ao Banco Central

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (12) os dois indicados do Palácio Planalto ao BC (Banco Central) e os quatro escolhidos a vagas de conselheiros do Tribunal Administrativo do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Paulo Picchetti vai chefiar a área de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos do BC no lugar de Fernanda Guardado. Rodrigo Alves Teixeira substituirá Mauricio Moura na diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta.

Já o grupo indicado ao Cade foi sabatinado nesta terça pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) em sessão marcada por declarações de senadores de apoio, pelo fortalecimento e pela independência técnica do conselho.

As atividades do Cade estão paralisadas desde o começo de novembro por falta de quórum mínimo para as votações. Encerrados à época os mandatos de quatro conselheiros, o tribunal passou a contar com apenas 3 dos 7 deles, o que impede a apreciação dos principais processos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou Diego Thomson de Andrade, atual superintendente-geral adjunto do Cade; José Levi do Amaral Júnior, que foi AGU (Advogado-Geral da União) durante o governo Jair Bolsonaro (PL) e atualmente secretário-geral da presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral); Camila Pires Alves, que foi economista-chefe do Cade; e Carlos Jacques, consultor do Senado Federal.

Eles vão substituir Luis Henrique Bertolino Braido, Luiz Augusto Azevedo de Almeida Hoffman, Sérgio Costa Ravagnani e Lenisa Rodrigues Prado, respectivamente.

Thomson está como superintendente-adjunto desde 2012, mesmo ano em que o atual ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Vinicius de Carvalho, assumiu a presidência da autarquia. Ele é procurador federal da AGU (Advocacia-Geral da União) e foi o procurador junto ao Cade entre 2007 e 2010.

Levi, por sua vez, foi uma indicação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, de quem foi secretário-executivo no Ministério da Justiça durante a presidência de Michel Temer e adotado pelo ministro da Justiça, Flavio Dino, que tenta viabilizar sua ida para a Suprema Corte.

Já a economista Camila Pires Alves foi uma escolha do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Caso aprovada, será a única mulher e também a única economista —o colegiado da autoridade antitruste é tradicionalmente composto por pessoas do direito e da economia.

Jacques é ligado ao atual superintendente-geral do Cade, Alexandre Barreto, e participou da elaboração da lei que criou a autarquia nos moldes atuais.

Redação / Folhapress

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