SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Moradores de dois bairros na região central de Porto Alegre foram orientados a buscar abrigo diante da iminência de novas enchentes após o desligamento do sistema de bombeamento de água na tarde desta segunda-feira (6).
De acordo com a Prefeitura de Porto Alegre, a empresa de energia local interrompeu o fornecimento em uma das casas de bomba por questões de segurança.
O mesmo sistema se rompeu na última sexta-feira (3), e toda água que havia sido dragada voltou a encher o centro de Porto Alegre.
A região central da capital gaúcha tem um sistema de escoamento de água do rio Guaíba, que inclui comportas de até 5 metros de altura, acionadas em caso de cheia. As casas de bomba são reservatórios que retêm a água excedente para devolver ao rio.
Uma moradora de um dos bairros relatou que, após o desligamento das bombas, a água subiu rapidamente e chegou na altura da cintura. Vizinhos usaram jet ski para se locomover perto de sua casa, localizada a cerca de 2 quilômetros da orla do rio Guaíba.
O sistema desligado pela interrupção do fornecimento de energia fica a poucos metros do rio, e é vizinho da sede do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
As fortes chuvas que afetam o Rio Grande do Sul já provocaram 83 mortes e afetaram 345 dos 497 municípios gaúchos.
Além disso, 121 mil pessoas tiveram que deixar suas casas e 19 mil estão morando em abrigos, segundo os dados do boletim mais recente da Defesa Civil do Estado, divulgado na manhã desta segunda-feira (6).
O governo do Rio Grande do Sul ainda contabiliza que 850 mil pessoas foram afetadas pelo evento climático extremo. No total, 276 indivíduos estão feridos e 111 desparecidos.
As cidades com o maior número de óbitos são Cruzeiro do Sul (oito mortes), Gramado (sete), Veranópolis (cinco), Caxias do Sul (cinco), Lajeado (cinco) e Santa Maria (cinco).
Redação / Folhapress