Sobe para 175 o número de mortos nas enchentes do Rio Grande do Sul

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Subiu para 175 o número de mortos por causa das chuvas no Rio Grande do Sul. A atualização foi feita no início da noite desta segunda-feira (10) pela Defesa Civil do estado.

Segundo o órgão estadual, os corpos foram encontrados em Teutônia e Agudo e ainda estavam sem identificação.

Boletim divulgado pela manhã informou que 38 pessoas estavam desaparecidas e 806 ficaram feridas.

Também de acordo com o informativo da Defesa Civil, nesta segunda havia 18.854 pessoas em abrigos e 423.486 desalojadas por causa da chuvas e da inundação. Ao todo, 478 municípios no estado foram afetados.

O nível dos principais rios e lagos da região tem baixado gradativamente desde o começo do mês de junho e ficado abaixo da cota de inundação. O nível do lago Guaíba, por exemplo, estava em 2,95 metros, às 17h desta segunda, na Usina do Gasômetro, na região central de Porto Alegre.

A cota de inundação neste ponto de medição é de 3,6 metros. A cota de alerta no local é de 3,15 metros.

Após a água baixar na maior parte de Porto Alegre, muitas famílias saíram dos abrigos e retornaram para suas casas, tentando retomar a vida.

A tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul, que é comparada ao furacão Katrina, que em 2005 destruiu a região metropolitana de Nova Orleans, na Lousiana (EUA), atingiu outros quatro estados norte-americanos e causou mais de mil mortes.

Profissionais de saúde apontam semelhanças entre as duas tragédias, como falta de prevenção de desastres naturais e inexistência de uma coordenação centralizada de decisões. Colapso nos hospitais, dificuldade de equipes de saúde chegarem aos locais de trabalho e desabastecimento de medicamentos e outros insumos são outras semelhanças apontadas.

Neste momento, uma das principais dificuldades é o reconhecimento dos corpos encontrados. A maioria das vítimas vai precisar de exame de DNA para a identificação.

O médico legista e professor aposentado Nelson Massini afirma que a putrefação de corpos se desenvolve rapidamente com a umidade. Depois de uma semana, fazer a identificação por meio de impressão digital já se torna praticamente impossível.

Outra opção é usar a arcada dentária, por meio de radiografias. Quando nenhum dos dois métodos funciona, é preciso recorrer ao DNA, como deve acontecer no estado.

Outra dificuldade é o fato que muitos corpos foram encontrados embaixo da terra, o que também acelera a a putrefação.

Redação / Folhapress

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