SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um homem ainda não identificado foi morto em suposto confronto com policiais em Guarujá, na Baixada Santista, neste sábado (17). Esta é a 27ª morte registrada durante confrontos com policiais militares no litoral paulista desde o último dia 2, quando o soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo, 35, foi assassinado.
Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), equipes da PM realizavam patrulhamento em área conhecida como Beco das Almas, após receberem denúncias de que havia traficantes armados no local. Ao localizar os suspeitos, a uma distância de aproximadamente 50 metros, os policiais teriam sido vistos pelos homens.
Ainda de acordo com a versão oficial, nesse momento, um dos suspeitos teria apontado uma arma para a equipe policial, que reagiu. “Um dos PMs, que atua como atirador designado para proteger a tropa, revidou e atingiu o indivíduo, que não resistiu”, diz nota da SSP.
A SSP não informou quantos eram nem como fugiram os demais suspeitos. Junto ao corpo do homem baleado havia uma pistola 380 e um revólver calibre 38, de acordo com a secretaria. Os policiais também apreenderam uma pochete com 600 porções de maconha e cocaína.
O caso foi registrado na Delegacia de Guarujá como morte decorrente de intervenção policial, tráfico de entorpecentes e porte ilegal de arma.
Exames residuográficos serão realizados nas armas do suspeito e do policial. A investigação da Polícia Civil terá acompanhamento do Ministério Público e do Poder Judiciário, segundo a SSP.
Outras três pessoas foram mortas em ação da PM em Guarujá na última sexta-feira (16). Segundo a SSP, uma das vítimas era líder do grupo criminoso PCC e teria entrado em confronto com a polícia junto com dois comparsas.
O suspeito seria Rodrigo Pires dos Santos, 40, conhecido como Danone. A secretaria disse que ele “atuava com o tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e no tribunal do crime, além de ter atentado contra agentes públicos”.
Como mostrou a Folha, Danone chegou a procurar a corregedoria da PM há cinco meses para denunciar o que considerava ser perseguição policial durante a Operação Escudo.
Entre os suspeitos mortos neste mês na região estão ainda dois adolescentes, um com 14 e outro com 15 anos. Outra vítima foi o catador de lixo José Marcos Nunes da Silva, 45 –a família afirma que ele estava desarmado quando foi morto, com três tiros.
Além do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo, outros policiais militares foram assassinados em serviço na Baixada Santista. O soldado Marcelo Augusto da Silva foi morto em Cubatão em 26 de janeiro, quando voltava para casa após dia de trabalho.
Já o cabo José Silveira dos Santos, que fazia patrulhamento em Santos, foi atacado por criminosos no último dia 7.
Redação / Folhapress