SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Rio Grande do Sul registrou 66 mortes em decorrência às fortes chuvas que atingem o estado desde o fim da semana. A informação foi confirmada pelo governo estadual na manhã deste domingo (5). Há um total de 101 desaparecidos.
O boletim do governo gaúcho diz ainda que há 707.190 pessoas afetadas pela tragédia e 155 feridos. Entre as 66 mortes informadas pelo governo, há seis em investigação para determinar se, de fato, foram causadas pelas chuvas.
De acordo com a Defesa Civil, 332 municípios foram afetados pela enchente histórica. Ao todo, há 15.192 desabrigados, instalados em alojamentos cedidos pelo poder público, e 80.573 desalojados.
Até a noite deste sábado (4), ainda conforme a Defesa Civil, eram mais de um milhão de imóveis sem abastecimento de água, fornecido pela empresa Corsan, e 418 mil domicílios sem energia elétrica.
Os temporais também afetaram o serviço de telefonia em várias cidades. A TIM informou que 63 municípios estão sem serviços de telefonia e internet. O problema atinge a Vivo em 18 cidades, e a Claro em 53 municípios.
As aulas foram suspensas nas 2.338 escolas da rede estadual. Quase 200 mil alunos foram impactados. Um total de 224 escolas tiveram sua estrutura danificada pelas consequências da chuva.
Em todo o estado, os temporais também provocaram também danos e alterações no tráfego nas rodovias estaduais gaúchas. Segundo a última atualização, neste sábado, eram 128 trechos em 68 delas, com bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes.
Segundo o governo gaúcho, duas barragens estavam em situação de emergência, com risco iminente de romperem.
MADRUGADA TEVE CHUVA E ROTINA DE RESGATES
A chuva voltou a cair na Grande Porto Alegre e em municípios da região norte do estado durante a madrugada deste domingo. Em Canoas, na região metropolitana, populares realizaram um cordão humano dentro da água para auxiliar as embarcações que a todo momento chegavam com pessoas resgatadas das áreas inundadas.
Na noite de sábado, o governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou que a região vai precisar de uma espécie de “Plano Marshall”, em referência ao plano dos Estados Unidos para reconstrução de países aliados após a Segunda Guerra Mundial.
Leite afirmou que a chegada de reforços será importante para as demais frentes de atuação, como o reconhecimento de corpos e a reconstrução de estadas. A prioridade neste momento, porém, é o resgate das vítimas.
“Tudo o que é possível empregar está sendo empregado. Vai chegar mais gente. Não porque não tenham chegado antes porque não quisessem, mas porque essa mobilização leva um tempo”, disse ao ser questionado sobre a ajuda do governo federal nesse esforço.
O presidente Lula (PT) voltará ao estado neste domingo (5) para acompanhar de perto a crise.
Situação no RS após as chuvas
66 mortes
101 desaparecidos
155 feridos
707.190 pessoas afetadas
15.192 desabrigados
80.573 desalojados
418 mil imóveis sem energia
1 milhão de imóveis sem água
Redação / Folhapress