SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Defesa Civil confirmou na manhã deste sábado seis mortes relacionadas à tempestade com rajadas de vento que atingiu São Paulo nesta sexta-feira (3). Foram registradas vítimas em São Paulo, Osasco, Santo André (na Grande SP), Limeira e Suzano (interior do estado). As pessoas foram atingidas por árvores ou muros que caíram durante a chuva.
Os ventos passaram de 150 km/h em Santos, segundo dados da Praticagem de São Paulo. Algumas regiões da capital e do estado completaram mais de 17 horas sem energia elétrica. A capital paulista e cidades do interior amanheceram com dezenas de árvores caídas nas ruas.
Na zona leste, duas pessoas morreram atingidas por árvores. Em Limeira, um muro atingiu uma vítima.
As Defesas Civis e o Corpo de Bombeiros registraram mais de 2.000 chamados em ocorrências em 40 municípios do estado.
Em Osasco, na avenida Luiz Rink, duas árvores caíram em cima de um muro, que, por sua vez, destruiu um veículo. Felipe Lima Ribeiro do Nascimento, 21 anos, passava pelo local no momento e foi atingido.
O jovem desembarcou do ônibus e tinha uma caminhada de cinco minutos até em casa. O avô, João Bosco do Nascimento, achou que a demora do rapaz para voltar para a casa era em decorrência da chuva. Ele define o neto como uma pessoa boa. Ao descobrir da morte do jovem, a família ficou em choque e apenas o avô conseguiu comparecer no local.
Em Santo André, uma parede também cedeu e acertou duas pessoas. Uma delas morreu. A terceira morte, segundo a Defesa Civil, ocorreu em Limeira, após o desabamento de um muro.
OS MORTOS DA CHUVA EM SP
São Paulo: duas pessoas morreram devido a queda de árvore
Osasco: queda de árvore
Limeira: desabamento de um muro
Santo André: queda de uma parede de um prédio
Suzano: queda de árvore
Nesta quinta (2), a Folha de S.Paulo mostrou que as ações para enterramento de fios em SP que minimizariam o problema de queda de energia em situações assim não avançam, e prefeitura estuda novo programa.
Em Moema, na zona sul, a energia caiu durante a forte ventania por volta das 16h15 de sexta no apartamento do tradutor e intérprete Wanderley Mattos Jr., 58, que mora na avenida Rouxinol. Às 8h15 de sábado, o prédio onde ele mora ainda estava sem luz.
“Para além dos transtornos, minha preocupação agora é com o prejuízo que terei com os alimentos que estão na geladeira e no freezer”, disse.
Redação / Folhapress