Sobrevivência Extrema recria situações limite na natureza após acidentes e põe dupla à prova

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Acidentes não escolhem hora nem lugar e, se você for do time dos azarados, pode se encontrar em uma situação para lá de inóspita, em que sobreviver é a única coisa que importa.

Casos verídicos existem aos montes. Um exemplo é o retratado no recente “A Sociedade da Neve” (Netflix), que recria os 72 dias que um time de rúgbi do Uruguai ficou na cordilheira dos Andes após uma queda de avião, em 1972. Já em 2023, um boliviano ficou 31 dias perdido na floresta amazônica se alimentando de minhocas e insetos e bebendo água da chuva.

É com isso em mente que chega a série brasileira Sobrevivência Extrema, que estreia na terça-feira (30) às 20h30 no Discovery e no serviço de streaming Max. Em oito episódios, a produção vai recriar casos de pessoas que se viram à mercê da sorte e inteligência e, principalmente, da natureza.

A pedido da Folha de S.Paulo, os especialistas da série deram dicas essenciais para sobreviver em uma situação como as mostradas no programa. Taís Teixeira, ex-participante do “Largados e Pelados”, recomenda a escavação de um buraco de 40 centímetros para o consumo de água.

“Essa é a principal dica que eu dou. Dá para filtrar e tirar as impurezas porque o corpo humano não sobrevive sem água”, lembra ela. “Conseguimos aguentar mais tempo sem comida porque acumulamos gordura.”

Uma situação de emergência também requer agilidade, então é preciso criar instrumentos com o que há disponível em mãos. O celular é um bom exemplo. “É possível utilizar o celular para fazer uma ferramenta, seja para emitir luz ou ser desmontado”, sugere Luciano Tigre, ex-Desafio em Dose Dupla Brasil.

“Também dá para pegar outros itens da natureza para montar uma nova coisa”, ensina. “As vestimentas, roupas e sapatos, tudo serve como instrumento.”

Taís e Tigre percorreram oito estados brasileiros para a produção para recriaram os acidentes nos mesmos lugares em que ocorreram. Até mesmo as vestimentas e objetos que os sobreviventes tinham foram reproduzidos para que eles tivessem as mesmas condições.

“Mesmo que seja uma filmagem, é um desafio. A equipe não pode interferir e nada foi ensaiado, tudo o que vivemos foram com nossos conhecimentos técnicos”, conta ela. “Atravessamos rios que tinham jacarés, tivemos que mergulhar em um lago com enguias elétricas. Queremos ajudar os espectadores a terem o mínimo de preparo caso algo do tipo aconteça.”

MARIA PAULA GIACOMELLI / Folhapress

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