SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio de carros e caminhões nesta terça-feira (28), quando está prevista greve de trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp.
Além de suspender o rodízio durante todo o dia, a prefeitura decretou ponto facultativo e determinou operação especial no transporte público por ônibus, com 100% da frota em operação, além de reforço com mais 200 ônibus.
Por outro lado, está mantido o funcionamento de escolas e creches, bem como de unidades de saúde, serviços de segurança urbana, de assistência social, e do serviço funerário.
Serão reagendadas consultas, exames e cirurgias perdidas por pacientes prejudicados pela greve do transporte público nesta terça-feira (28). A Secretaria Municipal da Saúde vai entrar em contato com os pacientes e reprogramar os procedimentos para a próxima semana.
GOVERNO DECRETA PONTO FACULTATIVO
O governo de São Paulo decretou ponto facultativo em todos os serviços públicos estaduais da capital. A medida não vale para servidores da segurança pública e educação, e os serviços de restaurantes e postos móveis do Bom Prato também não serão afetados.
As consultas em unidades de saúde da capital e do estado terão seus reagendamentos garantidos, segundo o governo. O mesmo vale para postos do Poupatempo.
Tarcísio acionou Justiça contra greve. A gestão estadual pedia que 100% dos funcionários trabalhem nos horários de pico. No restante do dia, o governo queria que pelo menos 80% sigam em seus postos de trabalho.
O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) atendeu parcialmente o pedido do governador. A Justiça determinou que 80% dos funcionários devem trabalhar no horário de pico, e 60% no restante do dia. Se os percentuais forem descumpridos, pode ser aplicada multa diária de R$ 700.000.
Procurada pela reportagem, o vice-presidente do sindicato dos metroviários, Narciso Soares, disse que a categoria só vai se manifestar após a audiência de conciliação no TRT. “Lamento que a decisão tenha sido tomada antes de uma conversa”, acrescentou a presidente da entidade, Camila Lisboa.
O governo de São Paulo diz que a paralisação tem “interesse político”. “A pauta principal dos sindicatos não está ligada a causas trabalhistas”, afirmou a gestão estadual, em nota. Os metroviários rebateram a crítica e atacaram “modelo privatista”. “Mesmo com mais dinheiro, apresenta maiores falhas, dando prejuízo tanto ao estado quanto à população”, publicou a entidade nas redes sociais.
Redação / Folhapress