BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou nesta terça-feira (17) a compra de uma fatia do Master pelo banco estatal BRB (Banco de Brasília). A operação depende agora do aval do Banco Central.
A operação recebeu aval do superintendente-geral do Cade, Alexandre Barreto. Com isso, não será necessário para nenhuma das partes tomar atitudes adicionais em prol da concorrência -como se desfazer de determinados ativos, por exemplo.
De acordo com Barreto, a operação não cria prejuízos ao ambiente concorrencial. A participação conjunta nos mercados fica abaixo de 20% (nível a partir do qual se presume posição dominante e, por consequência, possibilidade de exercício de poder de mercado).
De acordo com as informações prestadas pelos bancos, há um rol de empresas do Master que não serão adquiridas pelo BRB. De acordo com a análise feita até agora por Barreto, mesmo que se considerassem também esses ativos, os níveis de participações nos mercados afetados pela operação continuariam abaixo de 10%.
A compra de uma fatia do Master pelo BRB foi anunciada em 28 de março e despertou preocupações entre parlamentares do Distrito Federal e discussões entre os principais bancos do país.
A decisão do Cade deve ser publicada nesta quarta (18) no Diário Oficial da União. A operação ainda pode ser puxada (avocada) por algum conselheiro que discorde da análise da Superintendência-Geral, o que faria o caso ser analisado pelo tribunal do antitruste.
Por ser uma operação entre instituições financeiras, a compra ainda precisa ser validada pelo Banco Central.
FÁBIO PUPO E LUCAS MARCHESINI / Folhapress