SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Uma mulher de 33 anos foi presa por suspeita de liderar uma quadrilha que aplicava o golpe “Boa Noite, Cinderela” em pontos turísticos do Rio de Janeiro.
Claudia Mayara Alves Soliva aplicava os golpes com outras duas mulheres em rodas de samba na Pedra do Sal, na Gamboa e na Lapa, segundo a polícia. Ela foi detida na noite desta sexta-feira (21), após a Justiça determinar a prisão preventiva.
Turistas e estudantes eram os principais alvos da quadrilha. Segundo a polícia, as mulheres se misturavam aos frequentadores desses locais e se apresentavam como garotas de programa. Após ganhar a confiança das vítimas, levavam-nas para a região do Parque União ou para as suas casas.
As vítimas eram drogadas com bebidas com tranquilizantes. Após os homens desmaiarem, as suspeitas faziam transferências bancárias e compras com seus cartões de crédito.
A mulher vai responder por latrocínio consumado e furto. A PCERJ informou que as investigações continuam para identificar a participação dos outros membros do grupo no crime.
Defesa. Não há até o momento nos registros do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro advogado constituído para a mulher. O espaço segue aberto para manifestação.
Morte de turista colombiano
Claudia passou a ser investigada após a morte do turista Manuel Felipe Martinez Mantilla, em agosto de 2024. O homem foi colocado desacordado em um carro de aplicativo no Parque União. O motorista, que levaria o colombiano até um hotel, desconfiou que ele estivesse passando mal e o levou a um hospital.
Manuel morreu pouco após dar entrada na unidade no Hospital Federal de Bonsucesso. Um laudo pericial detectou que o homem tinha consumido altas doses de calmantes, MDMA e etanol, o que sinalizava que ele tinha sido vítima do golpe de “Boa Noite, Cinderela”.
Mesmo após a morte do homem, as suspeitas continuaram a usar o cartão de crédito dele. Uma das “compras” foram feitas na máquina de cartão de crédito de um parente de Mayara, segundo o Ministério Público.
Redação / Folhapress