SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um suspeito de participar do assassinato do policial civil João Pedro Marquini foi morto a tiros na noite desta quinta-feira (15) durante um suposto confronto com a polícia.
Polícia alega que morte aconteceu após confronto. Em nota ao UOL, corporação disse que o homem teria atirado contra a equipe logo após a chegada das viaturas. Por isso, a reação teria sido em ”legítima defesa”. Nenhum policial, no entanto, se feriu.
Havia um mandado de prisão temporária contra o suspeito. Morte aconteceu na casa do policial civil após ação de agentes da Delegacia de Homicídios da Capital e da CORE (Coordenadoria de Recursos Especiais) no bairro Santa Cruz, na zona oeste do Rio.
Investigado foi levado para um hospital, mas não sobreviveu. A arma utilizada no suposto confronto pelo suspeito, que não teve a identidade revelada, foi apreendida.
Investigações continuam para prender os outros envolvidos na morte de Marquini. De acordo com a polícia, o objetivo é também desarticular o grupo responsável pelo assassinato. Um dos suspeitos, Antônio Augusto D´Angelo da Fonsecajá, foi preso em abril em Copacabana.
AGENTE DA CORE FOI ATACADO A TIROS
João Pedro Marquini, 38, foi morto a tiros em março. Ele e a esposa, a juíza Tula Mello, do Tribunal do Júri, retornavam da casa da mãe dele, em Campo Grande, em carros separados. A mulher seguia em seu carro particular blindado e o agente vinha logo atrás, sozinho.
Na altura do Túnel da Grota Funda, criminosos atacaram em uma tentativa de assalto. Segundo Tula, ela notou a presença de homens armados na pista e tentou dar marcha à ré, quando passaram a atirar contra o seu veículo. Ao notar que a esposa estava sendo alvo, o agente teria se colocado no meio da linha de tiros para que ela pudesse escapar.
Juíza não se feriu, mas policial foi alvejado e morreu ainda no local. O carro da mulher foi atingido por disparos, mas os tiros não perfuraram o automóvel. ”Eu posso afirmar com certeza que, se não fosse a ação do João saindo do carro para desviar o foco dos criminosos, eles conseguiriam fazer com que os disparos de fuzil ultrapassassem a blindagem do meu carro. Ele não reagiu, ele agiu para me salvar, ele deu a vida para me salvar”, declarou em entrevista ao Fantástico, da TV Globo na época.
João Pedro era policial da Core e tinha treinamento de um curso da Swat Miami Police, unidade policial dos EUA altamente especializada. “Seu talento e determinação também o levaram a se destacar internacionalmente, representando a CORE com honra nos Estados Unidos, onde concluiu com destaque o tradicional curso da Swat da Miami Police”, declarou a Polícia Civil em nota de pesar.
Redação / Folhapress
