SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O suspeito de matar a estudante Ianca Victoria de Oliveira Silva, 19, assassinada a cerca de 1,5 km da faculdade onde estava, foi preso na segunda-feira (23) pela Polícia Civil de São Paulo.
O homem, de 35 anos, teria confessado o crime informalmente. O delegado Marcelo de Freitas, da Delegacia Seccional de Registro, explicou que o depoimento formal seria colhido nesta terça-feira (24). A declaração foi feita em entrevista à TV Tribuna.
O delegado afirmou que várias provas levaram a polícia até o suspeito. “Nós reunimos provas técnicas, tecnológicas, provas científicas, levantamento de campo, fragmentos de imagens, enfim, exames de DNA”, detalhou Freitas. A investigação está sob sigilo e, por isso, o delegado afirmou que não pode divulgar detalhes.
A polícia analisou o caminho feito pela vítima no dia do crime. “O que podemos dizer é que há exames de DNA, fragmentos de imagens de câmeras de segurança, toda a rota que a Ianca fez no dia do crime, o deslocamento do investigado no dia do crime coincidente no horário e local. Para a polícia, não deixa dúvida de que ele é o autor do crime”, declarou o delegado à reportagem da Tribuna.
O laudo mostrou que a estudante foi morta por asfixia mecânica. Ianca foi vítima de um “mata-leão”, segundo a polícia. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que mais diligências prosseguem visando à conclusão do inquérito e o total esclarecimento dos fatos.
O nome do suspeito não foi divulgado pela polícia. Por isso, a reportagem não conseguiu localizar a defesa dele.
ÚLTIMA VEZ NA FACULDADE
Ianca Victoria era aluna de farmácia e foi vista pela última vez Centro Universitário do Vale do Ribeira, na quarta-feira (11). Ela havia desaparecido após ligar para o namorado e pedir ajuda. Ludmila Rodrigues do Amaral, amiga de Ianca, contou que a vítima telefonou para ele, por volta das 22h05, após sair da faculdade.
Ludmila e Ianca tinham marcado de se encontrar após as aulas. No entanto, a vítima parou de responder às mensagens. Após ligar mais de oito vezes para a amiga, Ludmila desconfiou que algo poderia ter acontecido. “Ela não ficaria tanto tempo sem atender”, declarou.
A amiga explicou que procurou o namorado de Ianca e ele relatou como teria sido a ligação com o pedido de socorro. “Foi uma ligação de 19 segundos, na qual ela diz ‘sai, sai daqui’. Ela sai correndo e dá para ouvir barulho dos passos”, segundo detalhou o rapaz.
Ainda na noite de quarta-feira (11), a amiga, o namorado e outros amigos procuraram por Ianca nas proximidades da faculdade. “Ficamos procurando das 23h até às 2h e nada. Fiz um cartaz [com informações] que viralizou”, detalhou Ludmila.
O corpo dela foi encontrado na quinta-feira (12) pela polícia, na rua Oscar Yoshiaki Magário, no bairro Jardim das Bromélias. O local, uma área de mata, fica a cerca de 1,5 km da faculdade. Policiais militares foram acionados e preservaram o local.
Rosa de Oliveira Azevedo, mãe da estudante, falou que a jovem era “muito responsável”. “Tratava bem todo mundo”, afirmou. Ela detalhou ainda que a filha trabalhava durante o dia em uma loja de roupa em um shopping e estudava no turno da noite.
Foi requisitada perícia, que confirmou a identidade da vítima como de uma mulher que estava desaparecida. A mochila de Ianca foi encontrada junto ao corpo. Já o celular dela foi encontrado depois.
Redação / Folhapress