Taka Yamauchi derrota candidato de Lula e é eleito prefeito de Diadema

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Taka Yamauchi (MDB) é novo prefeito eleito de Diadema. Ele obteve 52% de votos (116.003 votos) e bateu o atual prefeito da cidade, José de Filippi Júnior (PT), que terminou com 47% (104.556 votos). No primeiro turno, o emedebista já havia alcançado a liderança contra o petista: somou 47% contra 45%. Yamauchi já havia se candidatado ao cargo nas eleições municipais de 2020.

Dois anos depois, também tentou ocupar uma vaga na Câmara dos Deputados, em Brasília. Entre 2023 e 2024, Yamauchi foi presidente da SPObras na administração do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). Antes, havia assumido a secretaria de Obras de Ribeirão Pires, cidade que também fica na região metropolitana de São Paulo.

O Datafolha havia projeto a vitória de Taka por volta das 18h30.

Nestas eleições, Diadema espelhou a divisão política do país. De um lado, Filippi simbolizava a esquerda petista, recebendo Lula em seu palanque. Do outro, Yamauchi se posicionou como um candidato à direita e teve apoio do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), um dos principais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na reta final da campanha, Tarcísio chegou a participar de uma caminhada com o emedebista pelas ruas de Diadema. Em termos de propostas, a criação de um novo hospital esteve no centro do debate entre os candidatos. Filippi prometeu erguer o novo prédio, com o apoio de Lula. Ele argumentava que o Hospital Piraporinha, além de ser distante do centro da cidade, tinha estrutura defasada, sem condições de ser reformado. Já Yamauchi achava ser necessário melhorar o atual hospital, apostando na modernização do sistema de saúde.

Trata-se de mais uma derrota para o PT nestas eleições. De acordo com Filippi, manter o poder em Diadema era uma prioridade para a sigla. A região do ABC Paulista é, afinal, berço político do partido, que viu a direita avançar, no primeiro turno, em municípios da região.

Em São Bernardo do Campo, onde Lula vota, o PT amargou o terceiro lugar, por exemplo. Na década de 1980, o ABC Paulista sediou greves que tornaram conhecidos nacionalmente os sindicatos locais. No primeiro turno, o PL, de Bolsonaro, conquistou 510 municípios e se tornou a quinta maior força eleitoral do país.

GUSTAVO ZEITEL / Folhapress

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