SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Todo adolescente passa por aquela fase de estirão. A do Bruno Caboclo foi decisiva para sua carreira no basquete. Sem encontrar chuteiras que coubessem em seus pés aos 12 anos, sua mãe decidiu mudá-lo de esporte: tirou-o dos campos e o levou para às quadras.
E ele não foi o único que cresceu rápido na família. “A mesma coisa aconteceu com as minhas irmãs. Mas elas jogaram vôlei profissional”, disse em uma entrevista para o canal no Youtube FIBA Basketball Champions League Americas.
Angelia Caboclo atuou até 2023 como jogadora profissional e foi terceira colocada na Superliga Feminina pelo Taubaté. Hoje ela trabalha com estética em Curitiba, no Paraná. Valquíria Caboclo, que também já disputou a Superliga Feminina, agora mora nos Estados Unidos, trabalha com serviço de catering e é formada em fisiologia do exercício.
“Eu jogava futebol. Como passava muito tempo na rua, minha mãe me matriculou no basquete. Não sabia que ia se tornar minha paixão”, disse em sua entrevista de apresentação no Toronto Raptors, time que o escolheu no Draft de 2014, apenas um ano depois dele começar a jogar profissionalmente, no Clube Pinheiros.
E falando em draft, ele só acreditou no que tinha acontecido quando viu seu nome. “Eu estava em um táxi em Nova York e me contaram que tinham me escolhido. Mas só acreditei quando vi. Saímos para comer pizza para comemorar”, disse em material dos Raptors.
Desde então, ele já passou por alguns clubes como o Sacramento Kings (2018) e Houston Rockets (2020). Em 2022, voltou para o NBB defendendo o time do São Paulo. No ano seguinte, voltou para as equipes internacionais e hoje joga na Sérvia.
Caboclo está se destacando em sua atuação pela Seleção Brasileira de Basquete nas Olimpíadas. Ele superou atuações de astros como LeBron James, Stephen Curry ou Nikola Jokic e tem a melhor atuação no esporte durante os Jogos de Paris.
Durante a partida contra o Japão, Caboclo anotou 33 pontos, pegou 17 rebotes e deu uma assistência. Ao todo, ele totalizou 51 participações nos três principais dados estatísticos da modalidade. Ninguém conseguiu mais que ele. Para comprar, Jokic pegou 15 rebotes no jogo entre Sérvia e Porto Rico
A partida contra a seleção japonesa o colocou em um ranking mundial: agora ele ocupa o 7º lugar no lista de maior quantidade de rebotes feitos em um único jogo na história do basquete masculino. A primeira posição também é brasileira. Quem ocupa é Marquinhos Abdalla, com 22 rebotes em um jogo de 1972.
Redação / Folhapress