Tarcísio diz que facções como o PCC deveriam ser classificadas como organizações terroristas

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que facções criminosas deveriam ser classificadas como “organizações terroristas”, em referência ao caso do homem assassinado no aeroporto de Guarulhos, na última sexta (8).

A fala foi feita enquanto ele era entrevistado por mediadores em um evento de empresários, no Jardim Paulista, na tarde desta segunda-feira (11).

Tarcísio foi perguntado sobre quais medidas de segurança seriam tomadas pelo governo paulistano depois da execução do empresário Antônio Gritzbach, 38, jurado de morte pela facção paulista PCC (Primeiro Comando da Capital).

A morte ocorreu momentos após Gritzbach deixar a área de desembarque do terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na semana passada.

“A gente tem que enquadrar o crime organizado, a facção criminosa, como organização terrorista. Determinados benefícios não podem ser acessíveis a pessoas que fazem parte da facção, a gente tem que garantir a segurança jurídica para os operadores da Lei nos casos das prisões”, disse.

O governador também afirmou já ter aumentado o efetivo de policiais militares na cidade e prometeu que o aumento de agentes fará diferença na segurança. Ainda, o chefe do Executivo paulista disse ser a favor do endurecimento de leis.

Mais cedo, nesta segunda-feira, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite anunciou a criação de uma força-tarefa para investigar o ataque, que além do empresário matou Celso Araújo Sampaio de Novais, 41, motorista de aplicativo que estava no local.

Gritzbach, que mantinha acordo de delação com o Ministério Público de São Paulo, foi ouvido pela última vez em 31 de outubro. Na oitiva, ele teria delatado policiais civis ligados ao PCC, diz Derrite. “Tudo isso será analisado.”

Na coletiva, Derrite ainda deu algumas informações sobre o caso. Segundo ele, os criminosos foram bem preparados para o crime, usando balaclava e luvas. Porém, “eles se descuidaram na saída do aeroporto”, disse o secretário, se referindo à existência de possíveis imagens dos suspeitos.

O alvo do atentado era suspeito de ter mandado matar dois integrantes da facção. Também fechou um acordo de delação premiada com a Justiça.

VICTÓRIA CÓCOLO / Folhapress

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