SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse nesta terça-feira (16) que abrirá concurso para escritórios de arquitetura para a construção do novo centro administrativo do estado de São Paulo, na região central da capital paulista.
A construção do conjunto de prédios no bairro Campos Elíseos é a principal aposta do governo estadual para a revitalização da região estigmatizada pela proximidade com a principal cena aberta de consumo de drogas da cidade, a cracolândia.
“Estamos trabalhando muito na questão do projeto do centro, então, em breve, a gente abre o concurso público para aquilo que vai ser o centro administrativo. A gente já tem um esboço para orientar os escritórios de arquitetura que participarão desse concurso”, disse o governador.
“A gente está falando de R$ 4 bi de investimento no centro de São Paulo”, afirmou durante cerimônia de lançamento subsídios para compra de habitação para 12,3 mil famílias pelo programa Casa Paulista.
Anunciado em abril do ano passado, o centro administrativo urbanístico prevê a construção de 288 mil metros quadrados de escritórios de repartições públicas que abrigarão 24 mil funcionários no entorno do parque Princesa Isabel.
Galerias, bulevares e passagens com lojas e restaurantes permitirão a livre circulação de pedestres sob os prédios numa área de 35 mil metros quadrados, retomando o conceito de quadra aberta cujo melhor exemplo paulistano é o Conjunto Nacional, na avenida Paulista.
Para isso, a gestão estadual estima gastar R$ 500 milhões em desapropriações de imóveis nas cercanias.
Tudo construído e administrado pelo setor privado. A conta será parcelada ao longo de três décadas, considerando no preço da licitação o potencial de ganho que o gestor privado terá com a exploração das áreas comerciais.
Atualmente, a gestão estadual ocupa 807 mil metros quadrados de área construída, o que dá 34 metros para cada um dos seus funcionários. Desse total, 519 mil poderiam ser alienados ou destinados a outros usos públicos. A ideia é reduzir para 12 metros quadrados de área útil por servidor, diminuindo assim custos com manutenção, limpeza e gestão dos espaços.
Estimativas, que ainda precisam ser confirmadas pelo estudo de viabilidade, apontam para um ganho de R$ 744 milhões com a venda de prédios. Na visão da gestão Tarcísio de Freitas, os ganhos compensam os gastos com desapropriações.
Redação / Folhapress