Tarcísio quer privatizar linha 1-azul do Metrô de SP até 2025

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem planos para privatizar a linha 1-azul do Metrô até 2025.

A informação foi anunciada por ele nesta segunda-feira (8), durante evento sobre a construção da estação ABC da Linha 10-turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), em Santo André, que deve ocupar o lugar da parada Pirelli, desativada em 2006.

“Mobilidade é a bola da vez, virou uma prioridade para nós. No caso do metrô, estamos estudando a concessão da linha 1 para o ano que vem”, disse.

Tarcísio planeja conceder a operação de todas as linhas de metrô de São Paulo durante o seu mandato.

Atualmente, as linhas operadas por empresas privadas em São Paulo são a 4-amarela e a 5-lilás. Além delas, são concessionadas duas em obras, a 6-laranja e a 17-ouro (monotrilho do aeroporto de Congonhas). Da mesma forma, futuras linhas seriam feitas e administradas pela iniciativa privada.

A ideia de Tarcísio é conceder também as linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata. Em um primeiro momento, a privatização da empresa em si não está nos planos.

As linhas a serem privatizadas são as que mais levam passageiros na cidade. A 3-vermelha transportou mais de 300 milhões em 2022, seguida da 1-azul (295,9 milhões) e da 2-verde (167 milhões). A 15-prata, um monotrilho na zona leste, é marcada por problemas constantes de operação.

Em abril, Tarcísio anunciou a contratação e a realização de estudos para a concessão de todas as linhas da CPTM. O estudo tratará da concessão das linhas 10-turquesa, 11-coral, 12-safira, 13-jade, além da futura linha 14-ônix, que fará a ligação com Guarulhos, na Grande São Paulo.

Assim como quando foi ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro (PL), o governador defende o argumento de que a iniciativa privada atua com mais eficiência do que o setor público.

No caso da CPTM, no entanto, o primeiro ano de operação privada das linhas 8-diamante e 9-esmeralda, em 2022, foi marcado pela ocorrência de, em média, uma falha a cada três dias. No ano passado, a ViaMobilidade e o Ministério Público fecharam um acordo de R$ 786 milhões para que a concessionária não seja processada pelos problemas

Os problemas registrados vão de acidentes, descarrilamentos ou trens com portas abertas do lado errado, a problemas operacionais que paralisaram o transporte e atormentam a rotina de em média 800 mil passageiros por dia, nas duas linhas.

A empresa, que diz ter recebido trens sucateados, prevê que os problemas só devem estar resolvidos no fim de 2024.

O plano de privatização de Tarcísio, que inclui ainda a Sabesp (empresa de saneamento), motivou uma sequência de paralisações de metroviários no ano passado.

Redação / Folhapress

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