Tarcísio recebe Boris Johnson e discute parcerias entre Brasil e Reino Unido

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), recebeu nesta quinta-feira (31), no Palácio dos Bandeirantes, o ex-premiê conservador do Reino Unido Boris Johnson, que renunciou ao cargo em 2022 depois de escândalos agravados por violações de regras durante lockdown na pandemia.

Os políticos conversaram durante 50 minutos sobre investimentos e acordos bilaterais. “Falamos do nosso potencial industrial, da Embraer e sobre como alargar o comércio Brasil-Reino Unido”, disse Tarcísio.

A reunião, segundo o governador, ainda abordou assuntos relacionados à transição energética, incluindo a produção do hidrogênio verde e do biometano. Tarcísio enalteceu a visita do ex-premiê e disse que o mundo precisa de “parceiros confiáveis” após a Guerra da Ucrânia, em curso há 18 meses.

Boris está no Brasil para participar de um evento sobre finanças promovido pela XP Investimentos, a Expert XP 2023. Depois do encontro com Tarcísio, o britânico criticou a falta de acordos bilaterais entre os países e defendeu a implementação de um tratado de livre comércio.

“É preciso fazer um acordo de livre comércio –e não somente com o Mercosul. […] Talvez a gente deveria começar por São Paulo, depois Brasil, depois Mercosul”, disse. “A verdade é que não estamos fazendo o suficiente. O comércio hoje entre o Reino Unido e o Brasil não passa de 8 bilhões de libras”, disse.

Brasil e Reino Unido iniciaram conversas sobre um eventual acordo de livre comércio após a aprovação do brexit, a saída dos britânicos da União Europeia, em 2016. As conversas, porém, não avançaram.

Boris renunciou ao cargo de premiê em julho do ano passado. A crise na qual ele se afundou começou no final de 2021. Imagens e documentos que vieram à tona revelaram que o britânico violou as regras de distanciamento estabelecidas por sua própria gestão para combater a Covid-19 e participou de uma série de encontros e festas clandestinas em Downing Street, a sede do governo britânico.

Desde então, Boris já perdeu o cargo de premiê, viu sua sucessora cair em tempo recorde e seu secretário de Finanças assumir o posto. O conservador também perdeu apoio em sua sigla e, em junho passado, renunciou ao cargo de parlamentar.

Redação / Folhapress

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