Técnico de enfermagem é suspeito de fotografar paciente sedada nua no RJ

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um técnico de enfermagem de 51 anos é suspeito de fotografar as partes íntimas de uma paciente sedada no Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Técnico de enfermagem foi acusado por um médico que integrava a equipe responsável pelos cuidados da vítima. O cirurgião reportou o caso às autoridades e afirmou ter flagrado o suspeito com o celular nas mãos no momento em que, supostamente, fotograva a intimidade da vítima. O caso ocorreu em 25 de julho, mas só foi tornado público agora pelo G1 e confirmado pelo UOL junto à Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Paciente estava anestesiada. O médico que teria testemunhado a cena reportou o ocorrido para seu chefe e a denúncia foi encaminhada para a direção do hospital. O caso foi registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher de Jacarepaguá como registro não autorizado de intimidade sexual.

Técnico nega as acusações. Conforme a PCERJ, o suspeito prestou depoimento e negou que tenha usado o celular para filmar as partes íntimas da paciente. Ele teria admitido que pegou o aparelho para fazer uma ligação quando foi surpreendido pelo médico.

Médico, vítima e técnico de enfermagem já foram ouvidos pela polícia. Em nota, a Polícia Civil reiterou que o celular do suspeito foi recolhido para ser periciado, mas não informou se as buscas localizaram fotos da vítima no aparelho.

Caso foi enviado ao Poder Judiciário. Questionado se o inquérito foi recebido, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro informou que não encontrou nada relacionado ao caso porque ou ainda está “em fase de inquérito [na PCERJ] ou [está sob] segredo de Justiça”. O UOL questionou a polícia se o suspeito possui antecedentes criminais, mas não obteve resposta.

Coren-RJ disse ter instaurado sindicância interna para apurar a conduta do técnico. Em nota, o Conselho Regional de Enfermagem do Rio informou que foi notificado da denúncia pela PCERJ e que o caso é investigado pela Câmara de Ética do órgão. Se for considerado culpado, o homem pode ser advertido ou ter o registro profissional cassado.

O Ministério da Saúde, entidade responsável pelo Hospital Federal Cardoso Fontes, disse que o técnico foi desligado temporariamente do quadro de funcionários da unidade. O ministério reiterou que tem contribuído com as investigações e que tem prestado “todo o suporte necessário a vítima”.

O técnico suspeito de praticar o ato, o médico que fez a denúncia e a suposta vítima não tiveram as identidades reveladas. Por esse motivo, a reportagem não conseguiu localizá-los para pedir posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.

Redação / Folhapress

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