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Teka faz pedido de falência continuada após 12 anos de recuperação judicial

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Teka Tecelagem Kuehnrich, uma das mais tradicionais fabricantes de itens de cama, mesa e banho do Brasil, anunciou que seu administrador judicial, Leiria & Cascaes, entrou com pedido para que o processo de recuperação judicial da empresa seja convertido em “falência com atividade continuada”.

Na recuperação judicial as empresas conseguem renegociar as dívidas com credores, recebendo descontos que podem chegar a 90% do valor do débito, com baixa correção e prazos de pagamentos mais esticados. A falência, por outro lado, é decretada quando as companhias já não conseguem mais cumprir com suas obrigações e pagar suas dívidas.

Segundo a nota oficial divulgada nas redes sociais da Teka, o pedido ainda não foi apreciado pela Justiça e as partes envolvidas não foram intimadas para esclarecer este procedimento. A empresa está em recuperação judicial desde 2012 e acumula dívidas bilionárias, incluindo passivos trabalhistas, tributários e com fornecedores.

“O pedido realizado pela administração judicial consiste justamente na manutenção da empresa em funcionamento, com a racionalização dos pagamentos aos credores e a permanência da Teka no mercado, ante a sua importante função social para as comunidades de Blumenau e Artur Nogueira (SP), mantendo-se os empregos e a geração de produtos e renda”, afirma a nota pública.

Segundo o Painel S.A, acionistas tentam impedir a falência. O fundo de investimentos Alumni, que controla a companhia com 24% das ações, é um dos que buscam convencer a Justiça a barrar o pedido.

A Teka tem fábricas em Blumenau (SC) e Artur Nogueira (SP) e emprega diretamente quase 2.000 pessoas.

De acordo com o mais recente relatório mensal de atividades do devedor, em novembro de 2024 a receita bruta da empresa foi de R$ 41,8 milhões –valor 12,5% abaixo do mês anterior, mas o segundo maior valor mensal desde o início da administradora. Em termos acumulados, a receita bruta de janeiro a novembro foi de R$ 404 milhões, ultrapassando a do mesmo período de 2023 em 4%. No mês mencionado, ainda foram contratados 45 novos empregados.

O documento afirma também que houve diminuição de 17,1% no faturamento, provocado pela redução de dias trabalhados por conta das férias coletivas, embora 15,8% superior ao projetado inicialmente.

A empresa também anunciou que assinou um acordo de transação com a Procuradoria Geral do Estado de São Paulo referente a débitos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias) inscritos em dívida ativa que terão efeitos em seus resultados financeiros.

A administradora judicial diz que, apesar dos esforços para reestruturar a empresa, a Teka não conseguiu cumprir as obrigações assumidas no plano de recuperação judicial homologado, por isso defende a decretação da falência, na modalidade continuada. Se o pedido for aprovado, a empresa poderá manter suas operações enquanto o patrimônio é liquidado para pagar os credores.

ANA PAULA BRANCO / Folhapress

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