SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A chuva que atingiu a cidade de São Paulo na tarde desta terça-feira (9) voltou a trazer caos para a cidade. A tempestade causou uma morte, deixou moradores sem energia e interrompeu o trânsito em algumas das principais vias da capital -incluindo trechos da marginal Tietê e da 23 de Maio.
O morto é um homem que foi eletrocutado na zona sul. Segundo os bombeiros, a vítima, que não teve informações reveladas, foi atingida por um cabo energizado na rua Pedro de Toledo, em Moema.
Ele estava ao lado de um carro -a suspeita é que a vítima tenha tentado sair do veículo.
Uma outra pessoa, uma mulher que estava no mesmo carro, também foi atingida e acabou socorrida. Inicialmente, os bombeiros disseram que ela foi levada em estado ao Iamspe, (Hospital do Servidor Público Estadual).
Mais tarde, o hospital informou que a vítima, que é auxiliar de enfermagem da instituição e mulher do homem eletrocutado, estava em observação com ferimentos leves.
Na véspera, a tempestade provocou a morte de um homem (em Itupeva, a 71 km de São Paulo). O homem, de 58 anos, foi atingido por uma árvore logo após descer do carro para abrir o portão de casa.
A cidade de São Paulo chegou a entrar em estado de atenção por causa da chuva, por volta das 16h30 desta terça-feira (9), segundo informou o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da Prefeitura de São Paulo. Pouco antes das 18h30, o alerta foi retirado.
A marginal Tietê ficou intransitável por causa da água no sentido rodovia Ayrton Senna, na altura da ponte das Bandeiras.
Também foi reportado risco de alagamento na marginal Pinheiros, segundo o órgão municipal.
Às 16h45 foi registrada uma rajada de vento de 96 km/h no aeroporto do Campo de Marte, na zona norte. Alguns telhas foram arrancadas do hangar do Comando da Aviação da Polícia Militar, onde ficam os helicópteros Águia. Segundo a PM, sem provocar prejuízos ás aeronaves. Não houve vítimas.
A concessionária Pax Aeroportos, responsável pelo Campo de Marte, disse em nota que hangares e estruturas do local foram atingidos, mas sem ferimentos, e que está avaliando os danos para reparo.
Às 17h30, três voos que pousariam no aeroporto de Congonhas, na zona sul, tiveram de ser desviados para outros locais por causa da chuva e do vento.
O alerta, que começou pelas zonas norte e oeste, ocorre pela segunda tarde consecutiva, enquanto a cidade ainda se recupera dos estrados provocados pela chuva e pelas rajadas de vento na tarde de segunda (8), quando os bombeiros disseram ter recebido cerca de 290 chamados para queda de árvores.
Somente entre a meia-noite e 17h55 desta terça, a corporação havia registrado 155 chamados para queda de árvores na região metropolitana de São Paulo, e uma para desabamento.
Algumas árvores caíram na região central da cidade. Ao menos uma grande tomou toda a via na alameda Dino Bueno com a Eduardo Prado.
Por causa da queda de árvores em sequência, paulistanos relataram estar há mais de 25 horas sem energia elétrica.
A tempestade de segunda-feira também derrubou uma estrutura metálica usada na manutenção da marquise do parque Ibirapuera, zona sul de São Paulo, e deixou quatro pessoas feridas.
O parque, que teve de ser fechado, foi reaberto na tarde desta terça. Os feridos na queda da estrutura foram encaminhados ao hospital Albert Einstein. Uma das vítimas foi levada ao hospital com suspeita de ter fraturado uma costela e outra com contusão nos membros superiores. Outra pessoa teve escoriações, sendo atendida pelos bombeiros.
FÁBIO PESCARINI / Folhapress