PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – As chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde segunda-feira (16) já causaram danos em ao menos 51 cidades e deixaram dois mortos. Um homem segue desaparecido. É o maior evento climático a atingir o estado desde as enchentes históricas de abril e maio de 2024.
De acordo com o governador Eduardo Leite (PSD), cerca de 2.000 pessoas estão fora de casa no estado. “Desde o fim de semana, algumas regiões já acumulam mais de 350 mm de precipitação. Para as próximas 24h, a previsão é de até 120 mm em várias localidades”, disse Leite em comunicado divulgado nas redes sociais. Algumas cidades gaúchas já registraram a média de chuva mensal em menos de 24 horas.
Na madrugada desta quarta-feira (18), um homem morreu após a queda da cabeceira de uma ponte sobre o rio Caí, na BR-116, entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis. A vítima, que estava dirigindo, morreu submersa dentro do carro.
Em Candelária, uma mulher também foi encontrada morta em um carro arrastado pela correnteza. Os bombeiros procuravam um casal e haviam anunciado a confirmação de dois óbitos, mas voltaram atrás horas depois. O homem segue desaparecido.
O número de pessoas fora de casa cresceu após cerca de 600 pessoas ficarem desalojadas e outras 600 desabrigadas em Jaguari, município de 10 mil habitantes na região central do estado. Mais de 200 casas foram inundadas com a cheia do rio Jaguari, e o prefeito Igor Tambara (MDB) declarou calamidade pública na noite desta terça-feira (17).
Em Santa Cruz do Sul, moradores do bairro Várzea foram retirados preventivamente pela Defesa Civil e pelo Exército, após o alagamento das ruas do bairro. A cidade tem seis desabrigados e 120 desalojados. Em Santa Maria, mais de 80 pessoas estão desalojadas e nove estão em abrigos da prefeitura.
Cachoeira do Sul tem 13 desabrigados e sete desalojados, 30 pessoas estão desalojadas em Encruzilhada do Sul.
A cidade de Canoas, que foi devastada nas chuvas de 2024, voltou a sofrer com alagamentos. As aulas nas escolas municipais do lado oeste do município foram suspensas. No ano passado, cerca de 150 mil moradores foram afetados pelas enchentes que tomaram o estado.
CARLOS VILLELA / Folhapress
