CAMPINAS, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um terremoto de magnitude 4,4 atingiu Nápoles, na Itália, hoje, igualando o maior tremor registrado na região em 40 anos. O abalo, que deixou quatro feridos e onze hospitalizados, ocorreu na área vulcânica de Campos Flégreos, próxima ao vulcão Vesúvio
O terremoto ocorreu por volta de 1h25 (horário local – 21h25 de quarta-feira no Brasil), com epicentro próximo à cidade de Pozzuoli, a oeste de Nápoles. A região de Campos Flégreos, que abriga cerca de 500 mil pessoas, é conhecida por sua atividade vulcânica e já registrava alertas de aumento de tremores desde 2012.
O tremor, seguido por cerca de 20 réplicas, causou pânico entre moradores e danos a prédios e carros. Especialistas alertam que a atividade sísmica na região pode aumentar, assim como em outras áreas vulneráveis da Europa.
O abalo causou ferimentos em quatro pessoas, incluindo uma criança, e levou onze outras a serem hospitalizadas para avaliação médica. Uma mulher ficou presa em seu apartamento no distrito de Bagnoli após o teto desabar, mas foi resgatada pelos bombeiros sem ferimentos graves. Outros moradores relataram cortes e contusões ao tentarem fugir de suas casas pelas janelas.
Testemunhas relataram cenas de desespero, com moradores fugindo de casa pelas janelas e dormindo em carros ou nas ruas. Uma pessoa ficou presa em seu apartamento no distrito de Bagnoli após o teto desabar.
“O tremor foi muito forte. Acordei com os móveis balançando e ouvi gritos na rua. Foi assustador”, disse um morador ao jornal italiano Ansa.
O terremoto causou danos, incluindo para-brisas de carros quebrados, pilhas de entulho nas ruas e a torre do sino da Igreja de Sant’Anna danificada. Escolas na região foram inspecionadas, e algumas permanecem fechadas devido a níveis anormais de dióxido de carbono no ar.
A região de Campos Flégreos, que abriga cerca de 500 mil pessoas, é conhecida por sua atividade vulcânica e já registrava alertas de aumento de tremores desde 2012. O prefeito de Nápoles, Michele di Bari, afirmou que todas as equipes de emergência estão mobilizadas para ajudar a população.
RISCOS SÍSMICOS NA EUROPA
O terremoto em Nápoles não é um caso isolado. Nos últimos meses, destinos turísticos como Croácia e Santorini também foram atingidos por tremores. A crescente atividade sísmica no sul da Europa tem preocupado especialistas, que alertam para o risco de novos abalos em áreas costeiras do Mediterrâneo.
A Europa tem um longo histórico de terremotos devastadores. Em 1755, um tremor de magnitude 7,7 destruiu Lisboa, causando tsunamis e incêndios que duraram seis dias. Em 1908, um terremoto em Messina, na Sicília, matou metade da população da cidade e destruiu 90% de seus edifícios.
Apesar dos avanços tecnológicos, especialistas afirmam que ainda não é possível prever terremotos com precisão. A única forma de reduzir riscos é evitar construções próximas a falhas ativas e reforçar códigos de construção.
Redação / Folhapress
