SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um terremoto de magnitude 7,3 atingiu Antofagasta, no Chile, na noite desta quinta-feira (18). A informação é do Centro Sismológico Euro-Mediterrânico (EMSC, na sigla em inglês).
De acordo com o órgão, o terremoto ocorreu a uma profundidade de 128 km. Anteriormente, ele havia registrado uma magnitude de 6,8.
Moradores de vários bairros de São Paulo relataram ter sentido os tremores no final da noite. Há relatos em Perdizes, Pinheiros, Pompeia, Vila Madalena, Mooca, Santana, Tatuapé, Sacomã e também em Guarulhos e Osasco, na região metropolitana.
A dona de casa Marli Pinto Silva, 75, sentiu o terremoto em seu apartamento, no 10º andar de um prédio em Santana, na zona norte da capital.
“Estava sentada na cama, fazendo tricô, e senti uma tontura”, conta. “Quando coloquei os pés no chão, percebi que estava balançando”. Marli chamou o marido, que estava apoiado em um móvel para se proteger.
Outros moradores da capital também tiveram a sensação de um mal-estar durante o terremoto. Relatos nas redes sociais e em grupos de Whatsapp mostram que o susto foi grande. O tremor balançou lustres e móveis como camas, armários e balcões de cozinha.
Em Guarulhos, moradores de um prédio na Vila Augusta chegaram a ir para a rua com medo das consequência do tremor.
A Defesa Civil informou que os tremores sentidos em São Paulo foram de baixa intensidade e apresentaram riscos mínimos de danos. Até o momento, não há registro de vítimas ou ocorrências relacionadas ao evento.
No Chile, o terremoto foi sentido por volta das 22h50 (horário de Brasília) desta quinta-feira. O epicentro foi em San Pedro do Atacama, próximo ao deserto do Atacama, na fronteira com Bolívia e Argentina.
O presidente do Chile, Gabriel Boric, informou que o terremoto foi de média intensidade e, até o momento, não há feridos ou grandes danos na região afetada.
Em 2008, um terremoto de 5,2 graus atingiu a costa do estado de São Paulo e, depois de se propagar em ondas de choque durante dois minutos, atingiu vários bairros da capital paulista, além do Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina.
CRISTINA CAMARGO / Folhapress