Times se mexem para desafiar Denver Nuggets e brigar por título da NBA

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Começa na noite de terça-feira (24) a temporada 2023/24 da NBA. A liga norte-americana de basquete apresenta novidades na regra do jogo e no formato de disputa. O que não parece ter mudado é o temor causado pelo Denver Nuggets.

Após uma performance dominante nos “playoffs” do último campeonato, impulsionada pelo desempenho excepcional de Nikola Jokic, vários times se mexeram na tentativa de fazer frente ao atual campeão. Foi agitado o mercado de verão, com movimentos agressivos de algumas das equipes que se colocam como desafiantes.

Na transação de maior repercussão, o Milwaukee Bucks adquiriu Damian Lillard, uma das grandes forças ofensivas do esporte. O armador avisou que chegara ao fim seu tempo no Portland Trail Blazers e pediu para ser negociado. Seu desejo declarado era atuar no Miami Heat, o que não impediu os Bucks de agir.

Pressionada pelo astro Giannis Antetokounmpo, a direção do Milwaukee foi atrás do craque de 33 anos – incluído na lista elaborada pela NBA dos 75 melhores jogadores de seus primeiros 75 anos. E, para levá-lo, não precisou abrir mão de Khris Middleton nem de Brook Lopez.

Saiu apenas o armador Jrue Holiday, excelente defensor, e o Boston Celtics não perdeu tempo para juntá-lo a Jayson Tatum e Jaylen Brown. O time de Massachusetts ainda negociou a chegada do grandalhão Kristaps Porzingis.

Do outro lado da liga, a Conferência Oeste, onde reina o Denver, a agremiação mais agressiva no mercado foi o Phoenix Suns, que já tinha unido Kevin Durant a Devin Booker na parte final da última temporada. Agora, chegou o prolífico pontuador Bradley Neal, e a promessa é de um ataque potente.

Já o Golden State Warriors apostou na experiência de Chris Paul, 38, craque ainda em busca de seu primeiro troféu, agora companheiro de Stephen Curry, Klay Thompson e Draymond Green. Inteligência não falta ao veterano elenco, embora a média de idade das quatro peças-chave (quase 35 anos) seja uma preocupação.

Outras equipes jogaram as fichas no crescimento interno, como os jovens Sacramento Kings e New Orleans Pelicans. O Los Angeles Clippers, que ainda trabalha em uma troca que lhe daria James Harden, a torcida é para que os veteranos Kawhi Leonard e Paul George estejam enfim saudáveis e disponíveis ao mesmo tempo.

No caso do Los Angeles Lakers, que foi à final do Oeste contra os Nuggets em maio, a ideia foi dar continuidade a um grupo que tomou forma na parte derradeira do último torneio. LeBron James, 38, vai para sua 21ª temporada, contando com a ajuda do já não garoto Anthony Davis, 30, e de jovens talentosos, caso de Austin Reaves, 25, e Rui Hachimura, 25.

Cada time, à sua maneira, agiu para conter o Denver, que teve caminhada de poucos problemas até o troféu de 2022/2023. Nos mata-matas com Jamal Murray como ótimo assistente de Jokic, foram 16 vitórias e quatro derrotas.

A equipe, é verdade, perdeu um coadjuvante de impacto, Bruce Brown, que não pôde ser mantido por causa dos limites salariais estabelecidos pela liga. Ainda assim, a formação do Colorado, mais bem estabelecida do que os rivais em construção, dá o tapinha inicial da competição carregando favoritismo.

“Nós conversamos sobre alcançar algo que ninguém consegue desde o Golden State Warriors [em 2017 e 2018]: ganhar títulos consecutivos. Como fazemos isso? Trabalhando, não pulando etapas. Temos que perceber que o último ano acabou e não podemos viver no passado”, afirmou o técnico Michael Malone, em entrevista ao lado da taça.

Antes de alguém erguer novamente o tradicional troféu Larry O’Brien, haverá outro em disputa. A NBA estabeleceu um minitorneio, a NBA Cup, a ser realizado dentro da temporada regular, entre novembro e dezembro.

As equipes foram divididas em seis grupos, cujos confrontos valem também para a tabela de classificação geral. Os vencedores de cada chave e os segundos colocados com melhor aproveitamento até ali em todo o campeonato vão às quartas de final. A decisão será em Las Vegas, com prêmio em dinheiro para os atletas vencedores.

A direção da liga espera que isso movimente a primeira fase do campeonato, muitas vezes cansativa, com 82 partidas para cada agremiação. O bordão “é uma maratona, não uma prova de velocidade” tem sido usado para os treinadores pouparem com frequência as estrelas.

A partir de agora, há regras que limitam o descanso de jogadores que não estão machucados. Também foi estabelecida uma punição mais rígida ao defensor pego simulando uma falta de ataque, atirando-se ao chão.

Mas, independentemente das novas regras e do troféu de dezembro, levantar a taça em junho é o que importa. Para isso, ao menos na visão de 29 times, quem precisa estar no chão é Nikola Jokic.

Redação / Folhapress

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