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Títulos dos EUA caem com preocupações fiscais sobre projeto de lei de Trump

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os títulos do Tesouro dos Estados Unidos retomaram as perdas após o projeto de lei fiscal do presidente Donald Trump ser aprovado na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (22).

O rendimento do “treasury” de 30 anos, um indicador dos custos de empréstimos do governo no longo prazo, estava em 5,13%, o nível mais alto desde outubro de 2023. A rentabilidade é inversamente proporcional aos preços, isto é, os investidores estão pagando menos e exigindo mais retornos para dar o voto de confiança de que os EUA honrarão as dívidas.

O de 20 anos também subia, a 5,14%, o nível mais alto também desde novembro de 2023. Já o de 10 anos, mais monitorado pelo mercado, estava em 4,590%, um ligeiro recuo em relação aos 4,595% do dia anterior.

“Deveria ser uma boa notícia que o estímulo fiscal esteja chegando, dado que os mercados têm estado preocupados com o risco de recessão, mas também há a preocupação com a sustentabilidade fiscal”, disse Michael Metcalfe, da State Street Global Markets.

O pacote fiscal de Trump foi aprovado por 215 a 214 votos, com todos os democratas e dois republicanos votando contra. Um terceiro republicano votou “presente”.

O projeto sobre impostos e gastos colocará em movimento grande parte das promessas de campanha do presidente, concedendo novas isenções fiscais sobre gorjetas e empréstimos para automóveis e elevando os gastos com as Forças Armadas e o controle das fronteiras.

Por outro lado, tem o potencial de elevar em cerca de US$ 3,8 trilhões (R$ 21,46 trilhões) a dívida de US$ 36,2 trilhões (R$ 204,3 trilhões) do governo federal ao longo da próxima década, de acordo com o independente Escritório de Orçamento do Congresso.

“Essa é, sem dúvida, o ato legislativo mais significativo que será assinado na história do nosso país!”, escreveu Trump nas mídias sociais.

Os apelidados “vigilantes dos treasuries” começaram a rondar os mercados em meio às suspeitas sobre a situação fiscal dos EUA. Esses investidores “protestam” contra políticas consideradas inflacionárias através da venda de títulos, aumentando, assim, os rendimentos. A busca é por impor disciplina fiscal sobre as autoridades do governo.

O movimento foi reforçado depois que a Moody’s, na semana passada, tornou-se a última das principais agências de classificação de crédito a rebaixar a nota dos EUA, da máxima Aaa para Aa1.

“A visão é que, com este projeto de lei, Trump está brincando com fogo com o déficit”, disse Francesco Pesole, estrategista de câmbio da ING.

Os principais índices de Wall Street abriram sem direção única nesta sessão. O Dow Jones Industrial Average caía 0,23%, para 41.763 pontos. O S&P 500 recuava 0,06%, a 5.841 pontos, enquanto o Nasdaq Composite subia 0,08%, para 18.888.

Embalados pelas preocupações com o aumento da dívida dos EUA, os três principais índices registraram suas maiores quedas percentuais diárias em um mês na quarta-feira. Já o dólar ganhava força globalmente nesta sessão: o índice DXY, que compara a moeda a uma cesta de outras seis divisas fortes, subia 0,26%, a 99,87 pontos.

Redação / Folhapress

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