RÁDIO AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio

Torre de Guarulhos mandou pilotos arremeterem após invasão de drones

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Comandantes de aviões em processo de aproximação ao aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, foram orientados a arremeter, depois que drones foram reportados próximos a uma das cabeceiras na noite de quarta-feira (11). O local teve de ser fechado para pousos e decolagens por cerca de duas horas.

A primeira aeronave não tripulada foi reportada por um piloto da Gol que havia acabado de pousar, às 21h27. “Tem um cara com um drone ali na final, logo à direita”, afirma o piloto.

Na sequência, o controlador de voo pergunta se ele havia avistado o drone. “Eu avistei. Ele passou à direita da nossa asa. Ele está perto da nossa final, eu achei que iria arremeter. Ele provavelmente está filmando a aproximação final”, afirma, segundo áudio captado pelo canal SBGR, que transmite pousos e decolagens no aeroporto no Youtube.

Imediatamente, o controlador orienta o piloto de um voo da Latam que inicie arremetida, pois havia sido reportado um drone “bem aqui na curta final”. O piloto disse estar ciente e que estava no início da arremetida.

Por causa da presença de drones —ao helicóptero Águia 12, da Polícia Militar, a torre afirmou que eram ao menos três deles—, o aeroporto teve que fechar. Primeiro para pousos e depois para decolagens também. O local só voltou a funcionar plenamente por volta das 23h18, quando a PM havia feito uma varredura. Nenhuma aeronave não tripulada foi encontrada.

A conversa entre a torre e os aviões, publicada pelo canal Aviação Guarulhos JPD, registrou outras ordens para arremetidas e pilotos que aguardavam orientações no ar sobre a liberação do aeroporto.

“Infelizmente não vai poder continuar a aproximação, arremeta, pois foi reportado um drone próximo da curta final aqui”, afirma o controlador a um avião da Latam que se preparava para pousar.

Um outro piloto da Latam chama a torre para questionar o motivo das arremetidas, quando foi informado do primeiro drone.

Na sequência, um piloto de helicóptero pergunta se a torre precisa de ajuda “para dar um racha em cima dele”.. O controlador agradece e diz que o drone já estava no visual. “Se precisar, a gente derruba ele”, completa o piloto, que seguiu para o aeroporto Campo de Marte, na zona norte de São Paulo.

“Cuidado para ele não te derrubar”, brinca o controlador. “Helicóptero ele não consegue, passamos de boa em cima dele”, responde o piloto.

Somente as empresas brasileiras Azul, Gol e Latam tiveram ao menos 35 voos cancelados ou alternados para outros aeroportos.

Há o caso de um avião da Azul que desceria em Guarulhos e acabou pousando em Ribeirão Preto, no interior do estado.

Conforme a Gol, boa parte das aeronaves seguiu novamente para Guarulhos após reabastecimento e normalização das operações no aeroporto.

“A companhia repudia e lamenta a situação, totalmente alheia ao seu controle, e reforça que a segurança de seus passageiros e funcionários é prioridade em todas as suas operações”, afirma a Latam, em nota.

Criminosos que integram quadrilha de tráfico internacional de drogas podem ter relação com os drones que causaram o fechamento de Cumbica.

Segundo a Polícia Militar, três pessoas invadiram a área restrita do aeroporto na noite desta quarta com cerca de 150 kg de pasta base de cocaína, em três pacotes. A segurança identificou a presença dos suspeitos e tentou abordá-los, mas eles conseguiram fugir para uma área de mata.

A droga , de acordo com a PM, seria embarcada em um voo com destino a Johanesburgo, na África do Sul.

O caso está sendo investigado pela Polícia Federal, inclusive se há relação da invasão do espaço aéreo e as drogas.

PROIBIÇÃO

Uma regulamentação proíbe drones e outras aeronaves não tripuladas de voarem no espaço aéreo próximo de aeródromos —para isso é preciso de uma autorização especial da FAB (Força Aérea Brasileira).

De acordo com instrução do Comando da Aeronáutica, para voos de até 131 pés (aproximadamente 40 metros), a operação de drones deve ocorrer a ao menos três milhas náuticas de distância do aeródromo (cerca de 5,4 km).

Voos entre 131 e 400 pés (40 a 120 metros) não podem ocorrer a menos de 5 milhas náuticas de distância (cerca de 9 km).

FÁBIO PESCARINI / Folhapress

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS