SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que três pessoas tenham participado do sequestro de uma menina de dois anos. O crime ocorreu na noite de sexta-feira (30) em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo.
A criança foi encontrada nesta segunda (3) em um comércio de Santo André, no ABC. A polícia trata o crime como sequestro e cárcere privado.
Entre os três suspeitos está a mulher mentora do sequestro e seu esposo, que já foram identificados, e outra mulher, que também é investigada. Todos são procurados para prestar depoimento. Ainda não há pedido de prisão contra eles.
A Polícia Civil espera que o trio se apresente para prestar depoimento. A hipótese do delegado-assistente Deglayr Barcellos é de uma possível tentativa de adoção irregular.
Segundo o delegado Gilmar Bessa, do 6º DP de Santo André, a criança foi deixada em um comércio na Vila Luzita, periferia da cidade, por volta das 19h. Um casal a levou, então, à delegacia.
Os pais da menina foram para o DP durante a noite para encontrar a filha.
Uma tia da menina relatou à reportagem que a irmã foi atraída pela suposta sequestradora para pegar uma cesta básica. Logo depois, a vendedora ambulante teria ido comprar cigarro em um bar e deixado os filhos com a mulher. Quando voltou, a suposta sequestradora já teria colocado a criança no carro.
Um menino de 8 anos foi o principal aliado da polícia para encontrar a irmã, que havia sido sequestrada em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, na sexta-feira (30).
Segundo Barcellos, do 11° DP (Santo Amaro), o garoto, que estava presente no momento do rapto, forneceu informações importantes à polícia durante uma conversa informal.
De acordo com o delegado, a mãe chegou em estado de choque ao plantão policial. Com o nervosismo, ficou mudando as versões do que teria ocorrido com a filha diversas vezes.
“A partir de técnicas investigativas específicas, a equipe policial buscou uma aproximação com a criança, sendo possível esclarecer pontos até então confusos, o que permitiu o avançar das investigações para enxergar o real acontecimento dos fatos e avançar até o encontro da menina Isabela”, explicou Barcellos.
Os próximos passos da investigação ainda não foram divulgados pela polícia.
PAULO EDUARDO DIAS / Folhapress