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Trump agora diz que não buscará um 3º mandato como presidente dos EUA

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em entrevista divulgada neste domingo (4) que não quer tentar um terceiro mandato na Casa Branca —a Constituição do país proíbe a hipótese, mas o republicano vinha repetindo que poderia “mudar as regras” para concorrer novamente.

“Isso não é algo que eu esteja buscando fazer”, disse o presidente a Kristen Welker, apresentadora do programa Meet the Press, da rede NBC News, afirmando que se tratava de uma piada. “Estou buscando fazer quatro grandes anos e depois entregar o cargo a alguém, idealmente a um grande republicano, um grande republicano que siga adiante.”

Trump sugeriu dois nomes: o de seu vice-presidente, J. D. Vance, e o do secretário de Estado, Marco Rubio. Durante a campanha, quando o republicano escolheu Vance para ser seu companheiro de chapa, especulou-se que a decisão fazia do então senador o herdeiro político de Trump e do trumpismo.

Desde o início do mandato, Vance tem tido mais protagonismo do que é usual para um vice, defendendo decisões polêmicas do governo Trump, participando de reuniões chave e propagando a mensagem isolacionista da política externa do republicano.

Rubio, que concorreu contra o atual presidente nas primárias do partido, tem uma trajetória política mais convencional, mas não vem se furtando de conduzir a diplomacia americana de acordo com os desejos de Trump —incluindo tentar deportar estudantes universitários por participar de protestos pró-Palestina.

Desde que voltou à Casa Branca, Trump, que já foi presidente entre 2017 e 2021, já falou mais de uma vez sobre a possibilidade de concorrer a mais uma eleição para o mesmo cargo. Em janeiro, por exemplo, ele disse a apoiadores que seria “a maior honra” de sua vida servir “não uma, mas duas, três ou quatro vezes”. Em março, falou que “existem métodos pelos quais isso poderia ser feito”.

Posteriormente, o republicano afirmou que as falas eram uma piada para a “imprensa de notícias falsas”, mas até mesmo sua loja virtual estava vendendo toucas com a inscrição “Trump 2028”, o ano do próximo pleito. No final de abril, uma das contas do presidente no X divulgou uma foto de um dos seus filhos, Eric, usando a peça.

A Constituição dos EUA foi emendada em 1947, dois anos depois de Franklin Roosevelt morrer perto do início de seu quarto mandato na Casa Branca, para estabelecer que “nenhuma pessoa poderá ser eleita para o cargo de Presidente mais de duas vezes”.

O veto, porém, pode não ser um problema para Trump. Durante a entrevista, a apresentadora perguntou ao republicano se tanto cidadãos americanos quanto estrangeiros mereciam o devido processo legal, como estabelece a Constituição. “Não sou advogado. Não sei”, disse o presidente. Questionado, então, se acredita que precisa defender a Constituição, Trump repetiu: “Não sei”.

A quinta emenda da Carta Magna americana diz, sem ambiguidades, que isso não é verdade. Em vigor desde o século 18, o texto afirma que nenhuma pessoa em solo americano “será privada da sua vida, propriedade ou liberdade sem o devido processo legal”, sem fazer distinção entre cidadãos ou estrangeiros.

Quando a jornalista informou Trump disso, o presidente disse que “pode ser que [a Constituição] diga isso”, mas reclamou dos efeitos que essa proteção pode ter na sua campanha para deportar milhões de estrangeiros. “Teríamos que ter um, dois ou três milhões de julgamentos”.

O governo tem enviado deportados para El Salvador, onde estão sendo mantidos na prisão de segurança máxima do país, como parte de um acordo no qual os EUA pagam US$ 6 milhões ao governo do presidente Nayib Bukele.

Ao menos um deles, Kilmar Abrego Garcia, foi enviado por engano. No início de abril, juízes americanos instruíram o governo americano a facilitar o retorno, mas as gestões de ambos os países já afirmaram que não podem fazer nada a respeito.

Já o dever do presidente americano de defender a Constituição está no juramento que deve fazer ao tomar posse. Normalmente lido pelo presidente da Suprema Corte, o texto pede que o chefe do Executivo jure fazer seus melhores esforços para “preservar, proteger e defender a Constituição dos Estados Unidos”. Trump prestou esse juramento.

Redação / Folhapress

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