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Trump diz ter recebido telefonema de Xi e esperar acordo nas próximas semanas; regime chinês nega

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ter falado por telefone com Xi Jinping sobre a guerra tarifária envolvendo EUA e China, segundo uma entrevista do mandatário norte-americano à revista Time nesta sexta-feira (25).

Trump também afirmou que consideraria uma ‘vitória’ se as tarifas ficarem em 50% e que espera que acordos comerciais sejam firmados nas próximas três ou quatro semanas. Segundo ele, a iniciativa da conversa partiu do líder chinês.

Horas depois, o regime chinês negou que tivesse havido conversa: “A China e os EUA NÃO estão realizando nenhuma consulta ou negociação sobre tarifas. Os EUA devem parar de criar confusão”, disse o Ministério das Relações Exteriores chinês, em declaração publicada pela Embaixada da China nos EUA e postada no X (ex-Twitter).

O presidente republicano não disse quando Xi telefonou ou o que os dois líderes discutiram, dizendo à Time: “Ele telefonou. E não acho que isso seja um sinal de fraqueza da parte dele”.

Na entrevista, ele voltou a dizer que Brasil é Índia se aproveitaram das tarifas e enriqueceram com elas: “A Índia cobra taxas de entre 100% e 150%. Veja o Brasil, se olha para muitos países, eles cobram tarifas, e é assim que sobrevivem. É isso que os torna ricos”.

Também nesta sexta, a China afirmou que é essencial reforçar a preparação para eventuais “cenários extremos” e que está preparando um plano de emergência para as tensões comerciais com os Estados Unidos.

“É necessário aumentar o nível de consciência política, adotar uma abordagem sistêmica, consolidar as reflexões baseando-nos em linhas vermelhas e cenários extremos, com um forte enfoque na prevenção e na mitigação dos riscos comerciais”, disse o Ministério do Comércio em um comunicado.

Segundo apuração da Reuters, a China isentou algumas importações dos Estados Unidos de suas tarifas de 125% e está pedindo às empresas que identifiquem os produtos essenciais que precisam ser isentos, de acordo com as empresas notificadas.

A medida é um dos sinais mais claros das preocupações de Pequim com a guerra comercial e vem após declarações de Washington de um alívio na tensão. Ela sinaliza que as duas maiores economias do mundo estão preparadas para controlar o conflito, ao mesmo tempo em que lidam com as consequências das altas taxas. A China ainda não comunicou publicamente o tema.

De acordo com a agência, uma força-tarefa do Ministério do Comércio está coletando listas de itens que podem ser isentos de tarifas e está pedindo às empresas que apresentem suas próprias solicitações, de acordo com uma pessoa que tem conhecimento dessa situação.

O ministério informou na quinta-feira que realizou uma reunião com mais de 80 empresas estrangeiras e câmaras de negócios na China para discutir o impacto das tarifas dos EUA sobre os investimentos e a operação de empresas estrangeiras no país.

As autoridades da China também se comprometeram a apoiar as empresas e os trabalhadores mais afetados pelo impacto das tarifas e pediram que o país se prepare para os piores cenários, informou a mídia estatal nesta sexta-feira.

O Politburo reiterou os planos de acelerar a emissão de dívidas, afrouxar a política monetária e prometeu apoiar os empregadores para proteger os empregos enquanto a China se envolve em uma guerra comercial com os Estados Unidos

A reunião também pediu um planejamento abrangente para os “piores cenários” e medidas concretas para reforçar a economia, disse a mídia estatal Xinhua.

Recentemente, a China negou estar negociando com os Estados Unidos sobre as tarifas alfandegárias, mas Trump garantiu que espera que ambos os países alcancem um acordo nas próximas semanas, segundo a revista Time.

Na quarta-feira (23), o presidente dos EUA já havia falado que buscava um acordo comercial “justo” com a China e que tudo estava ativo nas negociações envolvendo os países.

A informação foi negada por dois ministérios chineses na quinta-feira (24). “São informações falsas”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, em reação a uma pergunta sobre as “constantes notícias do lado americano” sobre negociações e até sobre acordo já fechado.

“China e Estados Unidos não se consultaram nem negociaram sobre a questão tarifária, menos ainda alcançaram um acordo”.

No mesmo dia, o presidente americano, Donald Trump, rebateu as alegações chinesas e afirmou que os dois países conversaram durante a manhã.

“Eles tiveram uma reunião esta manhã”, disse Trump aos repórteres, recusando-se a dizer a quem ele estava se referindo. “Não importa quem são ‘eles’. Podemos revelar isso mais tarde, mas eles tiveram reuniões esta manhã, e nós estamos nos reunindo com a China.”

As tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo dispararam após o aumento das tarifas às importações procedentes da China este ano, com 145% adicionais sobre muitos produtos devido a práticas que Washington considera injustas, entre outros problemas.

Pequim, por sua vez, reagiu com novas tarifas alfandegárias de 125% sobre os produtos americanos.

Donald Trump impôs tarifas alfandegárias a todos os parceiros comerciais dos Estados Unidos no começo de abril, particularmente da Europa e da Ásia, provocando uma tempestade nos mercados mundiais.

Redação / Folhapress

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