WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – O ex-presidente Donald Trump prometeu que, se eleito, vai impor pena de morte para imigrantes que assassinarem cidadãos americanos. Ele não explicou, no entanto, como isso será feito, uma vez que atualmente cada estado tem sua própria política sobre pena de morte.
A promessa é uma escalada dos ataques do ex-presidente a imigrantes na reta final da eleição. Em discurso de Mar-a-Lago, seu resort na Flórida, nesta terça (29), ele também disse que imigrantes que voltarem aos EUA depois de serem deportados serão presos por dez anos.
O republicano inclusive minimizou os problemas econômicos, a maior insatisfação dos americanos, segundo pesquisas, dizendo que imigração é a maior questão desta eleição.
Donald Trump ignorou a polêmica que envolveu sua campanha desde domingo, quando o humorista Tony Hinchcliffe disse que Porto Rico é uma “ilha flutuante de lixo” e fez piadas racistas com latinos em um comício no Madison Square Garden, em Nova York.
Em discurso nesta terça (29) em seu resort na Flórida, o republicano afirmou que o evento foi um “festival de amor” e criticou pessoas que o compararam com um encontro promovido por simpatizantes nazistas no mesmo local em 1939. Trump não respondeu perguntas de jornalistas, como costuma fazer nessas ocasiões.
Havia uma expectativa que ele pudesse comentar a reação negativa que vem sofrendo sua campanha e aliados afirmaram que não têm nenhuma relação com o set do comediante. O vice, JD Vance, afirmou por sua vez que as pessoas precisam parar se de ofender tão facilmente. No entanto, Trump ainda não se manifestou.
Porto-riquenhos são uma das principais comunidades latinas nos EUA. Com direito ao voto, a segunda maior concentração do grupo é na Filadélfia, no estado-pêndulo da Pensilvânia. Uma série de nomes ligados à ilha caribenha, como Bad Bunny e Jennifer Lopez, criticaram Trump.
FERNANDA PERRIN / Folhapress