Ultraortodoxos protestam contra serviço militar obrigatório em Israel

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Judeus ultraortodoxos foram às ruas neste domingo (30) e entraram em confronto com a polícia durante um protesto contra a decisão que obriga alistamento para o serviço militar em Israel.

Os ultraortodoxos se reuniram no centro de Jerusalém para protestar. Desde a decisão da Suprema Corte, uma sequência de protestos foram feitos e o de ontem passou a ficar violento durante a noite.

Segundo a polícia israelense, o grupo atirou pedras e atacou o carro de um ministro ultraortodoxo. Vídeos nas redes sociais mostram quando os protestantes cercam o veículo com batidas nas janelas. Os manifestantes também acenderam fogueiras nas ruas.

Cinco pessoas foram presas. Segundo o jornal Times of Israel, dois foram detidos por agredirem policiais e outros três por atirarem objetos. Os agentes teriam usado canhões de água e cavalos para dispersar a multidão.

ALISTAMENTO OBRIGATÓRIO

Votação foi unânime e justificada por “igualdade”. A justificativa da Suprema Corte foi de que em tempos de “uma guerra difícil”, a distinção entre quem presta ou não o serviço militar no país torna o peso da guerra ainda maior.

Decisão muda regra instituída há 76 anos. Segundo determinação datada da fundação de Israel, todos os judeus ultraortodoxos que se dedicassem aos estudos da religião em seminários não seriam obrigados a se alistar. Essa exceção tinha prazo de 75 anos e expirou em 2023, mas continuava informalmente aplicada no país.

Mudança também prevê que seminários percam subsídio do estado se seus alunos não se alistarem. Líderes de partidos ultraortodoxos que fazem coalizão com Benjamin Netanyahu se mostraram “desapontados” com a mudança, afirmou a agência de notícias Reuters.

Alistamento é obrigatório para maioria do país. Em Israel, homens e mulheres têm que servir obrigatoriamente às forças militares a partir dos 18 anos. No caso das mulheres, o serviço mínimo é de dois anos; no caso dos homens, o período mínimo é de três anos. A minoria árabe de Israel também não é obrigada a servir ao Exército.

Redação / Folhapress

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