SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Unicamp (Universidade de Campinas) aprovou nesta semana a reserva de vagas de professores para candidatos pretos, pardos e para pessoa com deficiência.
A proposta foi aceita pelo Conselho Universitário da instituição, em sessão realizada nesta terça-feira (26), e será instituída como programa piloto de cotas para docentes doutores, da carreira do magistério superior.
No ato de inscrição, todos os candidatos deverão fazer sua autodeclaração étnico-racial, que será avaliada por uma banca de heteroidentificação. A mudança passa a valer em 2025.
O programa estabelece a reserva de 24 cargos para candidatos pretos e pardos, um para cada unidade de ensino, pesquisa e extensão da universidade. O número é o equivalente a 20% do total de 120 vagas distribuídas entre as unidades previstas para abertura de concursos públicos.
Na semana passada, a Unicamp inaugurou o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros. O objetivo principal é o desenvolvimento de pesquisas multidisciplinares e interdisciplinares que contemplem os mais diversos aspectos da vida da população afro-brasileira.
O núcleo também irá se debruçar na realização de atividades de extensão universitária e o investimento na formação de profissionais e pesquisadores. Subordinado à Coordenadoria de Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa da Unicamp, deve atuar como ponte entre a instituição e a sociedade externa.
O núcleo será coordenado pela professora Carmen Veríssima Halder, do Instituto de Biologia da universidade.
Redação / Folhapress