RÁDIO AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio

Vacina da dengue não será ofertada em escolas pois disponibilidade é restrita, diz Padilha

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após o anúncio da vacinação nas escolas brasileiras, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou à reportagem neste sábado (12) que a vacina contra a dengue não será incluída no calendário escolar, pois sua recomendação e disponibilidade são restritas.

A declaração foi feita durante o 45º Sangue Corinthiano, campanha de doação de sangue realizada no estádio do clube.

O ministro explicou que o ministério segue a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde), que orienta que a vacinação contra a dengue seja direcionada a uma faixa etária específica. Hoje a imunização contra a doença no SUS (Sistema Único de Saúde) está disponível para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

O imunizante Qdenga, da farmacêutica Takeda, é aprovado pela Anvisa (Agência Brasileira de Vigilância Sanitária) para pessoas de quatro a 60 anos.

“O Brasil comprou toda a produção dessa vacina para poder distribuí-la aqui, mas a nossa grande aposta de vacinação é com aquilo que está sendo desenvolvido junto com o Instituto Butantan”, afirmou Padilha.

Segundo ele, com um imunizante produzido no Brasil será possível ampliar o uso e implementar um programa de vacinação mais abrangente contra a dengue.

Especialistas ouvidos pela reportagem em fevereiro deste ano afirmaram que o fato de a vacinação não ter sido oferecida nas escolas ajuda a explicar os baixos índices de cobertura.

A falta de disponibilidade do imunizante em todos os municípios brasileiros também é um dos obstáculos para sua inclusão no calendário escolar, segundo Padilha. “Colocamos no calendário aquelas vacinas que chegam a todos os municípios ou que têm ampla escala de distribuição”, afirmou o ministro.

Perguntado sobre a resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina) relacionada à proibição do bloqueio hormonal para crianças e adolescentes transexuais, Padilha disse que não poderia comentar o tema, pois a medida ainda não é uma resolução efetiva -ainda falta a publicação no Diário Oficial da União.

Em dezembro do último ano, o Ministério da Saúde apresentou o programa PopTrans (Programa de Atenção à Saúde da População Trans), que previa o acompanhamento de pessoas trans em todo o ciclo da vida, mas que está engavetado desde então.

Sobre a possibilidade de retomar o projeto, Padilha informou que, com um mês à frente da pasta, pretende trabalhar para cuidar de toda a população brasileira, respeitando suas diferentes características e garantindo serviços e cuidados adequados a cada uma delas.

“Começamos esses 30 dias com algumas prioridades: colocar de pé a campanha de vacinação, promover saúde nas escolas, e intensificar as ações de combate à dengue durante o mês de março, que também foi um mês focado na saúde integral das mulheres, e abril, na população indígena”, afirmou.

De acordo com ele, a proposta é cumprir com a agenda proposta por Lula e reduzir o tempo de espera para atendimento especializado, otimizar o tempo e garantir um atendimento de qualidade.

“Vamos tratar, sim, de outros temas. Vamos reunir especialistas e representantes da sociedade para dar andamento a várias políticas do ministério”, concluiu sem estimar data para retomada do projeto.

ANDREZA DE OLIVEIRA / Folhapress

COMPARTILHAR:

Mais do Colunista

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.