RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS0 – O Web Summit Rio não tem broches de IA, robôs humanoides ou carros autônomos, como outros eventos de tecnologia realizados mundo afora. O foco do evento no Riocentro não é o lançamento de produtos, mas sim tecnologias abstratas como inteligência artificial, criptomoedas e energia renovável.
Por isso, as empresas apostam em ativações criativas para seduzir os presentes.
VAN LGBTQIA+
Um dos exemplos dessa estratégia é a van amarela do app de relacionamento LGBTQIA+ Grindr, que formava fila para ver seu interior. A recompensa para quem entrava se limitava a uma ecobag com o logo do app de relacionamento e uma foto no interior do veículo, que lembra uma limusine festiva.
A empresa de tecnologia não produz dispositivos ou qualquer bem palpável, seu produto é uma plataforma só existente na tela do celular. Restou à equipe de marketing a chance de criar algo do zero para representar o espírito da companhia.
À frente da van, a drag queen Melina Blley fazia caras e bocas para os visitantes, que respondiam com pedidos de fotografia.
APPLE VISION PRO Apple Vision Pro
A empresa de software Globant fez uma grande fila ao expor um dos atuais objetos de curiosidade de quem gosta de tecnologia: os óculos de realidade virtual da Apple, o Vision Pro, vendido nos EUA por mais de R$ 17 mil e não comercializado no Brasil.
A empresa fez uma simulação de como clientes poderiam conhecer e testar carros de forma remota com o auxílio do dispositivo. Isso, em tese, poderia ser feito com roupas, móveis, casas e até em visita a eventos à distância.
O cliente da Globant, no caso, são os negócios, que contratariam a empresa para criar esses ambientes de simulação.
ARTE ABSTRATA COM IA
Um dos maiores bancos do Brasil, o Itaú organizou uma ativação conceitual para chamar os participantes do Web Summit. Em cadeiras que isolavam o participante do ambiente, os atendentes colocavam sensores nos pulsos e na testa do voluntário para coletar o pulso e ondas neurais.
Esses dados eram processados por uma inteligência artificial que produzia uma arte abstrata personalizada. A representação visava mostrar como a tecnologia pode ser usada para interpretar as mais diversas informações com os mais diversos objetivos.
ROBÔ LIMPADOR DE PAINEL SOLAR
A empresa de energia portuguesa EDP mostrava um robô desenvolvido por pesquisadores brasileiros e holandeses. A máquina que parece algo entre um cortador de grama e um carro de Fórmula 1 serve para limpar painéis fotovoltaicos de usinas de geração de energia eólica.
Um funcionário da empresa ficava responsável por pilotar o robô com auxílio de um joy stick. A máquina também pode funcionar de forma automatizada.
VIBRA
A empresa de bioenergia Vibra fez uma ativação que lembra a equipe Rocket do desenho Pokémon. Colocava as pessoas para pedalar uma bicicleta ergométrica até encher uma bateria.
Quem completava a carga primeiro ganhava um prêmio: uma lanterna que funcionava também a partir do esforço humano, com um botão de fricção.
DEMAIS ESTANDES
A maioria das empresas participantes apostou em receitas mais simples, com oferecimento de café, canapés, brindes e palestras. Neste ano, o Web Summit teve a exposição de 175 empresas parceiras e de 1.066 startups de 42 países.
PEDRO S. TEIXEIRA / Folhapress