RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Ao contrário da versão original, a personagem Aurora, de “Renascer” -à época, viúva de um pecuarista de Goiás que não sabia o que fazer com o patrimônio herdado- será uma mulher firme, independente, e preocupada com os impactos da mudança climática. Malu Mader, que estava afastada das novelas desde 2016, foi escalada para o papel. Ela já gravou as primeiras cenas, que estão previstas para ir ao ar nas próximas semanas.
Aurora foi interpretada por Mara Carvalho em 1993. Ela e José Inocêncio (Antonio Fagundes, com quem Mara era casada na vida real) tiveram um caso rápido. Recém-separado de Mariana, ele preferiu não assumir um novo relacionamento. Se mandou de volta para Ilhéus depois de passar uns dias na fazenda ao lado dela, no centro-oeste, para onde havia ido com o intuito de aprender a criar gado.
Agora será diferente. Passados trinta anos, o autor do remake, Bruno Luperi, optou por uma visão menos limitante da personagem. Aurora/Malu será uma grande agropecuarista, que fala em nome de um grupo familiar muito bem-sucedido no cenário do agro convencional, mas que, sentindo os impactos da crise no clima -inclusive em seu faturamento- entende que precisa encontrar, mais do que novas tecnologias, novos meios de produzir.
Nessa busca ela entra em contato com o trabalho e vida de José Inocêncio (Marcos Palmeira) no sul da Bahia e vê de perto a batalha que ele venceu contra a praga da vassoura de bruxa, propondo um modelo de agricultura agroecológico.
Quando visita as terras de Inocêncio, Aurora se encanta com a filosofia sustentável implementada pelo coronel. Conhecendo as roças e o trabalho que ele pôs em prática ali, ela se convence de que aquele é o único caminho possível para um futuro na agricultura.
A personagem, no entanto, precisa convencer os executivos do grande grupo que ela representa. Aurora então convida José Inocêncio para ir a uma de suas fazendas, no Espírito Santo. É nesse contexto que eles se aproximam, apaixonam-se e vivem um grande romance -bem diferente do caso fugaz da versão original.
CLEO GUIMARÃES / Folhapress