Veja o que se sabe sobre o acidente que deixou 14 turistas pescadores mortos no interior do Amazonas

Defesa Civil diz que não sobreviventes | Foto: Reprodução Redes Sociais

Um acidente aéreo deixou 14 mortos neste sábado (16) no município de Barcelos, no interior do Amazonas. Não houve registros de sobreviventes.

Autoridades investigam as causas da ocorrência. A seguir, veja o que se sabe até o momento sobre o caso.

Qual era o trajeto do voo?

O avião de pequeno porte envolvido no acidente fazia o trajeto de Manaus para Barcelos durante a tarde deste sábado. Cerca de 400 quilômetros separam os dois municípios.

Segundo informações divulgadas pelo Governo do Amazonas, o acidente ocorreu já durante o pouso no aeroporto de Barcelos. O município fica próximo a Roraima.

Quem são as vítimas?

As vítimas foram os 12 passageiros e os dois tripulantes da aeronave. Não há registros de sobreviventes.

Barcelos é um destino conhecido por atrair visitantes interessados na pesca esportiva.

O Governo do Amazonas recebeu uma lista dos 12 passageiros, repassada pela Manaus Aerotáxi, responsável pelo avião. As autoridades locais, contudo, ainda aguardavam a realização da perícia antes de confirmar os nomes.

A seguir, veja a lista:

Euri Paulo dos Santos

Fabio Campos Assis

Fabio Ribeiro

Gilcresio Salvador Medeiros

Guilherme Boaventura Rabelo

Hamilton Alves Reis

Heudes Freitas

Luiz Carlos Cavalcante Garcia

Marcos de Castro Zica

Renato Souza de Assis

Roland Montenegro Costa

Witter Ferreira de Faria

O nome completo dos dois tripulantes não foi divulgado. O piloto foi identificado pelo sobrenome Souza e o copiloto como Galvão.

Pelo menos três vítimas já foram identificadas por pessoas próximas. Uma delas é o empresário Gilcresio Salvador Medeiros, 74.

A notificação foi feita pelo perfil da Pousada Serra da Mesa, em Niquelândia (GO), que pertence a Medeiros. A pousada é uma das maiores do país no segmento da pesca esportiva.

A segunda vítima identificada trata-se do médico brasiliense Roland Montenegro Costa. A confirmação de que ele estava na aeronave foi feita pelo Sindicato dos Médicos do Distrito Federal.

Também estava no avião o empresário Guilherme Boaventura Rabelo, que era sócio em uma empresa de construção civil em Uberlândia (MG). A informação foi confirmada por familiares nas redes sociais.

Quais são as causas do acidente?

As causas não são totalmente conhecidas e ainda estão em investigação. Neste sábado, autoridades ressaltaram que chovia forte durante a tarde em Barcelos.

“O momento do acidente era de chuva muito intensa. Teve a informação de que duas aeronaves que estavam antes desse voo optaram por regressar a Manaus em virtude de a segurança no local não permitir o pouso”, afirmou o secretário de Segurança Pública do Amazonas, coronel Vinícius Almeida, em entrevista coletiva.

“Não temos detalhes que possam ser conclusivos. Temos alguns relatos. Quero aqui não contaminar a investigação. O que tem de relatos é que a aeronave teria pousado no meio da pista e não teve pista suficiente para frear”, acrescentou.

Em nota, a FAB (Força Aérea Brasileira) informou que investigadores do Seripa VII (Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) foram acionados para realizar o atendimento inicial da ocorrência.

O Seripa VII é o órgão regional do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). O Cenipa tem o objetivo de investigar as ocorrências aeronáuticas, de modo a prevenir novos acidentes.

Neste domingo (17), o Governo do Amazonas enviou equipes a Barcelos para auxiliar no transporte dos corpos das vítimas para Manaus. A operação acontece de maneira integrada com a FAB.

Os corpos serão periciados pelo IML (Instituto Médico Legal) para identificação e posterior liberação às famílias.

Qual avião se envolveu no acidente?

O avião acidentado era do modelo Bandeirante e, segundo a FAB, tinha a matrícula PT-SOG. Registros da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) confirmam que a aeronave era operada pela Manaus Aerotáxi, com permissão para táxi aéreo.

Fabricado pela Embraer, o avião tinha capacidade máxima para transportar 18 passageiros, ainda de acordo com a Anac. O ano de fabricação era 1991.

O que a empresa afirma sobre o caso?

A Manaus Aerotáxi lamentou o ocorrido em uma nota divulgada nas redes sociais. No mesmo comunicado, declarou que a segurança é a sua prioridade e que a aeronave e a tripulação atendiam a todas as exigências da aviação civil.

“Contamos com o respeito à privacidade dos envolvidos neste momento difícil e estaremos disponíveis para prestar todas as informações necessárias e atualizações à medida que a investigação avançar”, afirmou a empresa.

LEONARDO VIECELI / Folhapress

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS