BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – A ditadura de Nicolás Maduro condenou nesta quinta-feira (14) as explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e manifestou solidariedade com o presidente Lula (PT) e o povo brasileiro.
“Este fatos demonstram, mais uma vez, o perigo que representa o avanço da onda fascista e antidemocrática que, valendo-se das redes sociais e outros mecanismos de comunicação massiva, a extrema direita global tenta inocular em nosso continente para produzir desestabilização e caos social”, diz o regime, em comunicado.
O autor do atentado foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, que se explodiu após jogar bombas em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O a nota do regime é publicado após uma série de rusgas entre as administrações brasileira e venezuelana. A relação se desgastou após a eleição presidencial venezuelana, ocorrida em julho e na qual Maduro foi declarado vencedor em meio a denúncias de fraude e rejeição da comunidade internacional. E degringolou após o veto brasileiro ao ingresso de Caracas como parceira do Brics.
O embaixador da Venezuela no Brasil, Manuel Vadell, afirmou em vídeo publicado nesta quarta (13) que estava voltando para Brasília depois de ter sido chamado para consultas na crise diplomática que se desenrola entre o Itamaraty e o regime de Nicolás Maduro.
O anúncio ocorreu dois dias após Maduro elogiar uma declaração feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o processo eleitoral no qual o ditador foi declarado vencedor, num pleito marcado por denúncias de fraude e rejeição da comunidade internacional.
Em entrevista à RedeTV!, o líder petista afirmou que não tem o direito de questionar a decisão da Suprema Corte do vizinho, controlada pelo chavismo, que validou a disputa. “Eu acho que o Maduro é um problema da Venezuela, não é um problema do Brasil”, disse ele.
Em resposta, o ditador disse que o brasileiro fez uma “reflexão sábia”. “Vi [as declarações de Lula] nesta manhã, achei muito bom. Concordo com Lula. Cada país tem de buscar a maneira de resolver seus assuntos, seus problemas. O Brasil com suas instituições e sua dinâmica nacional, e a Venezuela com nossas instituições e dinâmica também soberana”, disse Maduro no programa semanal Con Maduro +.
A volta do embaixador ao Brasil sinaliza alívio nas tensões entre as partes. No vídeo, Vadell disse que estava a poucas horas da viagem e que estava levando passaportes pedidos por cidadãos venezuelanos, descrevendo as iniciativas como “boas notícias”.
Redação / Folhapress