SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Max Verstappen, da Red Bull, venceu a corrida sprint do GP dos Estados Unidos saindo da pole position. Mas essa é apenas uma maneira de contar a história das 19 voltas disputadas no circuito de Austin, na tarde deste sábado (19), que serviram como uma prévia para o GP. A prova tem largada agendada às 16h deste domingo (horário de Brasília).
Uma hora parecia que Lando Norris, da McLaren, que saiu de quarto e assumiu a segunda colocação logo na primeira curva, poderia pressionar Verstappen e brigar pela vitória na sprint. Depois, era George Russell, da Mercedes, terceiro colocado, que pressionava a McLaren.
Duas ou três voltas depois, Russell era pressionado pelas duas Ferrari, levava duas ultrapassagens seguidas e perdia contato com os líderes. Essa disputa forte durou até a última volta, quando Sainz passou Norris, que viu seus pneus dianteiros acabarem.
O único que conseguiu cuidar dos pneus do começo ao fim foi Verstappen, mas sua vantagem não passou dos 3,8 segundos mesmo com a forte briga no final que envolveu também Leclerc.
Falando em pneus, esses altos e baixos tinham a ver com a maneira como cada piloto estava tentando conservar seus pneus e também com as diferenças entre os carros quanto a isso. É algo que acontece em qualquer corrida, mas que só toma ares tão dramáticos como o que vimos especialmente na primeira metade da sprint quando o rendimento dos carros está muito igualado.
Foi um bom “aquecimento” para o GP, embora as equipes agora possam mudar a configuração de seus carros antes da classificação, que começa logo mais, às 19h pelo horário de Brasília. Todos vão usar a informação que tiveram com os pneus médios durante a sprint para melhorar seus carros, o que pode alterar um pouco o cenário. Mas certamente não estamos vendo a mesma realidade da outra corrida, dominada com sobras pela McLaren.
A Red Bull está mais equilibrada após levar atualizações para a corrida dos Estados Unidos. A Ferrari teve a resposta que queria e melhorou muito o rendimento nas curvas de alta velocidade. A Mercedes, equipe que mais mudou o carro para esta prova, é quem tem mais a ganhar com essa possibilidade de mudar o acerto até a classificação, já que desgastou mais os pneus na sprint.
COMO FOI A SPRINT
Verstappen largou bem e manteve a ponta, enquanto Norris ganhou duas posições nos primeiros metros, passando Leclerc e Russell. O piloto da McLaren, que vinha fazendo uma volta suficientemente rápida para fazer o melhor tempo na classificação para a sprint até cometer um erro no último setor, não deixou Verstappen escapar nas primeiras voltas, mas também não conseguia pressionar a Red Bull, muito mais equilibrada do que nas últimas provas após trazer novidades para esta corrida de Austin.
No final da quarta volta, Verstappen conseguiu abrir mais de 1s para Norris, que não teve mais a vantagem do DRS e viu o holandês controlar o ritmo até o final para manter sua invencibilidade em sprints neste ano.
Mais atrás, as duas Ferrari tinham uma disputa particular pela quarta posição. Sainz passou Leclerc mais de uma vez, levou o troco, até que conseguiu superar Leclerc finalmente na volta cinco.
Ao mesmo tempo, Russell passou a se aproximar de Norris, mas isso não durou muito: ele logo perdeu rendimento e acabou sendo superado pelas duas Ferrari. Norris acabou tendo que se defender de Sainz na segunda metade da sprint, enquanto Verstappen abria na ponta.
Russell forçou tanto os pneus andando entre os primeiros que passou a ser pressionado por Hamilton, que tinha largado em sétimo. Mas a disputa mais forte foi entre as duas Ferrari e Norris. O inglês passou a deslizar muito, aparentemente também sem pneus, e Sainz aproveitou para passá-lo no começo da última volta. Leclerc também tentou superar a McLaren, mas o vice-líder do campeonato fechou a porta.
No final, deu Verstappen pela primeira vez desde a sprint da Áustria, no início de julho. Sainz foi o segundo e Norris foi o terceiro.
JULIANNE CERASOLI / Folhapress