Visa compra startup de pagamentos brasileira Pismo por R$ 4,9 bilhões

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Visa anunciou a compra da fintech brasileira Pismo por US$ 1 bilhão (R$ 4,86 bilhões na cotação atual) nesta quarta-feira (28). A startup oferece serviços de processamento em nuvem e serviços bancários na América Latina, Ásia, no Pacífico e na Europa. A transação foi feita em dinheiro.

O contrato de aquisição deve ficar entre os mais caros do ano, segundo avaliação do site especializado TechCrunch. Está também entre os negócios mais caros da história envolvendo startups da América Latina.

Entre os clientes da Pismo estão os brasileiros Itaú, Nubank e o banco norte-americano Citi. A Pismo tem uma carteira com mais de 80 milhões de contas e emite 40 milhões de cartões, que movimentam US$ 40 bilhões (R$ 194,2 bilhões) ao ano.

A Pismo agiliza o lançamento de pagamentos e produtos digitais a partir de uma plataforma de microserviços na nuvem montadas como um lego –os clientes usam apenas o que precisam. Isso é feito de maneira independente de origem geográfica e moeda usada na operação, de acordo com o chefe-executivo da fintech, Ricardo Josua, no comunicado da aquisição.

Plataformas de serviços financeiros tradicionais, como a Visa, misturam softwares de processamento local com computação em nuvem. Os pacotes de serviços também têm menos flexibilidade.

A plataforma da fintech permitirá que a Visa ofereça suporte em novos meios pagamentos. A Visa também planeja usar o portfólio da Pismo para emitir cartões de débito, crédito e pré-pago e fazer processamentos bancários na nuvem.

A Pismo vem de rápido crescimento desde uma rodada de investimento em 2021 de US$ 108 milhões, com dinheiro da gigante do ecommerce Amazon, e os fundos de risco SoftBank e Accel.

No fim de 2020, a Pismo atendia a 10 milhões de contas que movimentavam menos de US$ 1 bilhão. A fintech passou a ter escritório na avenida Faria Lima no fim de 2022.

A Visa disputava a startup com Mastercard o negócio sob gestão do Goldman Sachs. O portfólio da empresa aceleraria a operação de qualquer gigantes do setor, de acordo com afirmação do sócio da Accel Ethan Choi ao Tech Crunch.

Redação / Folhapress

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