SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A representante de São Paulo, Vitória Brodt, 24, ficou em terceiro lugar na noite deste sábado (8) na disputa da Miss Universo Brasil. Com o ocorrido, ela manteve o jejum de 29 anos para o estado, uma vez que a última vitória paulista no concurso foi em 1994, com a modelo Valéria Péris.
Atriz há oito anos, Vitória trabalha como modelo, fala inglês fluente e é considerada veterana no mundo miss, por já ter participado de outros concursos. Estudante de economia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a miss se considera uma pessoa curiosa, sonha em viajar o mundo e conhecer diversas culturas.
Uma de suas paixões é a dança, e ela estudou 13 anos de ballet, dança clássica e street dance. No seu tempo livre, gosta de brincar com seus cachorros e ler livros. Apesar de ser gaúcha, natural de Porto Alegre (RS), ela pôde concorrer por São Paulo pois mora há bastante tempo no estado. Se pensarmos no Rio Grande do Sul, Vitória é a 15ª gaúcha a vencer o título nacional.
Após uma semana intensa de atividades e etapas preliminares, a jovem foi avaliada com o terceiro melhor desempenho. Houve venda de ingressos para o público geral, que quisesse assistir ao vivo o concurso. O evento foi transmitido, ao vivo, pelo canal do concurso no Youtube, além do canal 500 da Claro TV e da plataforma de streaming SoulTV, pelo canal UMiss.
Na ocasião, quem passou a coroa e se despediu do trono foi a jornalista capixaba Mia Mamede, 27, titular de 2022. Quem comandou a cerimônia foi a apresentadora de TV gaúcha Cris Barth. A estrela do júri da final foi a angolana Leila Lopes, vencedora do Miss Universo 2011, que foi eleita naquele ano em concurso realizado no Brasil, em São Paulo.
O destaque da edição é que esta foi a primeira vez na história em que o concurso aceitou a participação de candidatas que têm filhos, algo que nunca aconteceu antes, em mais de 70 anos. Isso só foi possível após mudanças nas regras do mundial, anunciadas no ano passado e aplicada a todos os países participantes.
Entre as candidatas, quem se enquadra nesse novo quesito são a goiana Renata Guerra Otoni, 27, a piauiense Gabriela Reis Menezes, 26, e a maranhense Lorena Caroline Maia e Silva, 27, que são mães. A novidade ganhou a atenção da imprensa de forma positiva e empolgou o público que torce pelas candidatas. Uma curiosidade é que a diretora-geral do concurso, a gaúcha Marthina Brandt, 31, está no oitavo mês de gestação de seu primeiro filho, João Gabriel.
Missólogos consultados pela Folha consideram o grupo forte e competitivo, e arriscaram que entre as três finalistas estariam as misses São Paulo, Goiás e Rio Grande do Sul. Atrás delas, eles listaram ainda como destaques as misses Mato Grosso, Santa Catarina e Sergipe. Em seguida, apareceram Ceará, Distrito Federal, Pará e Piauí.
IÊDA VARGAS HOMENAGEADA
Agora, a nova titular inicia uma preparação para defender o país no Miss Universo 2023, previsto para acontecer em dezembro, em El Salvador. A atual Miss Universo é a americana R’Bonney Gabriel, 28, e as duas únicas vezes em que o Brasil venceu foram em 1963, com a gaúcha Iêda Maria Vargas, e em 1968, com a baiana Martha Vasconcellos.
A coroa deste ano, inclusive, foi feita em homenagem aos 60 anos da vitória de Iêda no mundial e foi batizada com seu primeiro nome. De criação do joalheiro paulista Miguel Alcade, a joia pesa quase 500 gramas e tem mais de 3 mil pedras encravadas ao longo de sua estrutura. Ao centro, estão seis topázios azuis, que representam as seis décadas desde a coroação de Iêda.
Avaliada em R$ 50 mil, a coroa faz parte de uma das premiações do concurso para a miss. De acordo com a organização do MUB, a premiação deste ano ultrapassa o montante de R$ 150 mil em prêmios.
Importante destacar que a seletiva do certame voltou nesta edição ao seu formato tradicional, e recebeu presencialmente o time completo de 27 candidatas, que representam todos os estados brasileiros e o Distrito Federal. Em 2022, quando foi eleita Mia, apenas as cinco finalistas estavam na etapa e no show final, como reflexo da pandemia.
A última brasileira a chegar mais perto da coroa mundial foi a gaúcha Julia Gama, vice-campeã em 2020 – antes dela, a mineira Natália Guimarães também conquistou a mesma colocação, em 2007. Mia não chegou a se classificar no Miss Universo 2023, realizado em janeiro na cidade de Nova Orleans, nos EUA.
FÁBIO LUÍS DE PAULA / Folhapress