SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, declarou-se culpado nesta segunda-feira (24) por violar a lei de espionagem dos Estados Unidos. Em troca, o australiano será formalmente um homem livre depois de ter deixado a prisão no Reino Unido. Assange entrou na mira da Justiça americana após promover o vazamento de documentos confidenciais do governo dos EUA em 2010.
Em 2019, um júri federal o indiciou em 18 acusações relacionadas ao compartilhamento dos documentos. Se condenado por todas as acusações, Assange poderia enfrentar uma pena máxima de 170 anos em uma prisão nos EUA.
Sua esposa, Stella Assange, afirmou que ele pedirá perdão ao governo americano por ter divulgado informações confidenciais. Além da reação de Stella Assange, outros líderes também comentaram a libertação do fundador do WikiLeaks.
Veja a seguir as repercussões.
“Hoje o mundo está um pouco melhor e menos injusto. Julian Assange está livre após 1.901 dias na prisão. Sua libertação e retorno para casa, embora tardios, representam uma vitória para a democracia e a luta pela liberdade de imprensa” Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente do Brasil.
“Independentemente das opiniões que as pessoas tenham sobre o Assange e suas atividades, o caso se arrastou por tempo demais. Não há nada a ser ganho com sua contínua prisão e queremos que ele seja trazido de volta para a Austrália” Anthony Albanese, primeiro-ministro da Austrália.
“Só posso dizer que estou muito feliz que este caso, que foi discutido de forma muito emocional em todo o mundo e mobilizou muitas pessoas, finalmente encontrou uma solução”, Annalena Baerbock, ministra das Relações Exteriores da Alemanha.
“Nós saudamos a libertação de Julian Assange (…) no Reino Unido e com o progresso significativo feito em direção a uma resolução definitiva deste caso, sem mais detenções”, Elizabeth Throssel, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos
“Somos muito gratos ao povo australiano e a todos ao redor do mundo que têm defendido Julian”, Gabriel Shipton, irmão de Assange.
Redação / Folhapress