SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Vivek Ramaswamy, 38, anunciou sua desistência da corrida pela indicação republicana à Casa Branca depois de ficar em quarto lugar no caucus de Iowa, ocorrido nesta segunda (15). O bilionário filho de indianos declarou apoio a Donald Trump, que venceu a disputa com margem recorde e consolidou o favoritismo.
Com 95% dos votos apurados, Ramaswamy havia angariado 7,7% da preferência dos eleitores no estado. Trump tinha 51% de apoio maior percentual já obtido em uma disputa do partido. O governador da Flórida, Ron DeSantis (21,2% dos votos), ficou em segundo, e a ex-embaixadora dos EUA na ONU Nikki Haley (19,1%), em terceiro.
O resultado fortaleceu a perspectiva de um novo embate entre Trump e o democrata Joe Biden em novembro. Defensor ferrenho do ex-presidente durante a maior parte da campanha, Ramaswamy mudou de estratégia nos dias que antecederam o caucus de Iowa, chamando-o de fraude e se apresentando como um candidato “do outro lado” no partido.
Em outra ocasião, Ramaswamy disse que considerava Trump “o melhor presidente americano do século 21”. Ele ainda se comprometeu a conceder indulto ao ex-presidente caso seja eleito, cobrando uma posição quanto a isso dos outros candidatos.
Ramaswamy começou a ganhar projeção entre o eleitorado conservador americano há pouco mais de dois anos ao criticar a adesão de empresas a causas sociais e políticas. Em 2021, ele lançou o best-seller “Woke, Inc.: Por Dentro do Golpe de Justiça Social da América Corporativa”.
Ele defende que empresas não devem abraçar bandeiras como diversidade e proteção do meio ambiente porque não cabe a elas fazer o julgamento moral necessário para definir quais valores sociais devem ser perseguidos. Essa tarefa, argumenta, deve ser desempenhada apenas por representantes democraticamente eleitos.
Como empresário, ele teria se negado, por exemplo, a divulgar um posicionamento sobre o assassinato de George Floyd, que desencadeou uma onda protestos antirracistas nos Estados Unidos e mundo afora.
Os pais de Ramaswamy migraram da Índia para Ohio, no centro-este do país, onde o político nasceu e foi criado. O pai trabalhou como engenheiro na General Electric e a mãe, como psiquiatra geriátrica.
O filho de imigrantes indianos conseguiu chamar a atenção no primeiro debate das primárias do partido, em agosto do ano passado. No Google, seu nome o foi mais buscado durante o programa. No X, ex-Twitter, Elon Musk descreveu a performance como “impressionante”. O empresário e investidor, contudo, nunca concorreu a um cargo público e ainda é em grande parte desconhecido.
Redação / Folhapress