Voepass, dona de avião que caiu, diz que era previsto gelo no ar, mas dentro do aceitável

RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) – A direção da Voepass, dona do avião que caiu nesta sexta-feira em Vinhedo, no interior de São Paulo, diz que estava ciente de uma previsão de formação de gelo no ar ante a frente fria que se aproxima do país neste fim de semana. A empresa, no entanto, diz que a condição era adequada para voo.

“Essa aeronave voa numa faixa onde há uma sensibilidade maior à formação de gelo. A gente avaliou isso. Era previsto gelo, diante da frente fria que se aproxima, mas dentro do aceitável para o voo”, afirmou Marcel Moura, diretor de operações da Voepass, em coletiva de imprensa na noite desta sexta-feira (9) em Ribeirão Preto, também no interior paulista, onde fica a sede da empresa.

Os porta-vozes da Voepass disseram que ainda é cedo para dizer qual foi a causa da queda da aeronave e que, neste momento, tudo se trata de especulação, mas não descartam nenhuma hipótese suscitada por especialistas ouvidos pela imprensa, inclusive a de que camadas gelo teriam se formado nas hélices do bimotor.

O presidente da Voepass, Eduardo Busch, diz que a aeronave passou por uma manutenção de rotina na noite desta quinta-feira (8), como é praxe, em Ribeirão Preto, antes de alçar voo para Guarulhos (SP).

Do aeroporto na região metropolitana de São Paulo, o avião seguiu para Cascavel, sem intercorrências, ainda segundo Busch.

O avião decolou às 11h46 da cidade no interior do Paraná, retornando a Guarulhos. O pouso estava previsto para 13h54 em Guarulhos, mas perdeu 3.300 metros de altitude em menos de um minuto quando sobrevoava a cidade de Vinhedo às 13h20, segundo o site Flight Aware, que monitora voos em tempo real ao redor do mundo. Todos os 61 passageiros morreram em decorrência da queda.

O trabalho de resgate dos corpos das vítimas do acidente aéreo em Vinhedo, no interior de São Paulo, deverá avançar noite adentro, segundo o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele conversou com jornalistas próximo ao local da queda do avião.

Tarcísio ainda afirmou que as vítimas retiradas do que sobrou da aeronave serão levadas para a sede do IML (Instituto Médico Legal) na cidade de São Paulo, onde há mais estrutura para dar celeridade à identificação.

PEDRO MARTINS / Folhapress

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