ARACAJU, SE (FOLHAPRESS) – Considerada uma das dubladoras mais conhecidas da história da TV brasileira, a atriz Maria da Penha morreu na noite do último domingo (24) no Rio de Janeiro. A morte foi confirmada pelo seu filho, André Esteves, em sua página no Instagram.
A causa da morte não foi divulgada pela família da atriz. O enterro aconteceu nesta segunda-feira (26). Segundo colegas de trabalho em páginas nas redes sociais, ela estava afastada da dublagem por causa de problemas de saúde.
“Mamãe esperou a primavera e partiu nessa madrugada. Foi espalhar sua semente em outros jardins. Não, sem antes lutar como uma heroína, como sempre foi, na vida e na arte. Deixa um legado de resiliência e uma experiência de vida plena”, afirmou Esteves.
Maria da Penha começou a carreira artística ainda criança, aos 6 anos de idade, cantando e dançando na extinta Rede Tupi nos anos 1950. Ela começou sua carreira de dubladora no lendário estúdio Herbert Richers no começo dos anos 1960. Entre seus trabalhos desse período está o filme “Um Candango na Belacap”, onde cantava como dublê de Sônia Delfino.
Entre os anos 1960 e 1970, foi secretária de palco de Chacrinha (1917-1988) em seus programas de televisão. Logo depois de ser convidada para um teste, passou a atuar somente em dublagem após deixar a atração do Velho Guerreiro.
Entre os trabalhos que marcaram no início, Maria foi uma das vozes clássicas da Minnie nas animações da Disney. Outro grande marco foi na série animada “Cavalo de Fogo” (1993), onde além de viver o personagem Brutus, foi a responsável pela versão brasileira do tema de abertura, lembrada por fãs até hoje.
Sua personagem mais lembrada, porém, é a Rita Repulsa, a vilã da primeira temporada de “Power Rangers”, que estreou no Brasil em 1995. A voz de Maria da Penha também já era ouvida nos primeiros segundos da abertura, onde a temível bruxa se libertava. Maria dublou a personagem até o fim dos anos 1990, quando Rita deixa a série oficialmente.
GABRIEL VAQUER / Folhapress