REYKJAVÍK, ISLÂNDIA (FOLHAPRESS) – A intensidade de um vulcão que há semanas preocupava as autoridades da Islândia começou a diminuir nesta terça-feira (19), um dia depois de ter entrado em erupção. A informação é do órgão meteorológico do país, que acrescentou que os gases expelidos pela formação geológica seguirão contaminando o ar na região da capital, Reykjavík, pelo menos até a manhã de quarta-feira.
O motivo pelo qual o vulcão havia provocado alerta é sua proximidade com uma usina geotérmica que fornece energia para todo o país e com a cidade pesqueira de Grindavik, localizada a cerca de 40 km a sudoeste de Reykjavík.
Em novembro, o governo retirou os cerca de 4.000 habitantes do município e ordenou a construção de barragens ao redor da planta para protegê-la. Mas desde a erupção que teve início por volta das 22h do horário local, ou 19h em Brasília, a lava tem fluido para longe de ambas as áreas, oferecendo esperança de que casas e infraestruturas sejam poupadas.
“Esta erupção não representa uma ameaça à vida”, declarou o governo federal em comunicado. O texto ainda diz que as atividades de ida e vinda de aviões não sofreu alterações apesar da proximidade do vulcão em relação ao Aeroporto Internacional de Keflavik. Em abril de 2010, a explosão do Eyjafjallajökull levou ao cancelamento de mais de 100 mil voos e abalou o transporte aeroviário entre Europa e América do Norte.
A erupção do vulcão nesta segunda lançou na atmosfera colunas de fumaça com até 100 m de altura, e abriu uma fissura de 4 km de extensão. No ponto mais ao sul da fenda, no entanto, a rachadura ainda estava a 3 km de distância de Grindavik. “Vamos esperar e ver o que as forças da natureza nos reservam”, resumiu o presidente Gudni Thorlacius Jóhannesson no X.
Vidir Reynisson, diretor do Departamento de Proteção Civil, pediu à população que permanecesse afastada da área do vulcão. “Isso não é uma erupção turística”, disse.
Localizada entre as placas tectônicas da Eurásia e da América do Norte, duas das maiores do planeta, a Islândia é uma das regiões vulcânicas mais ativas do mundo, com 33 vulcões ou sistemas vulcânicos considerados ativos.
Redação / Folhapress