RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Will Smith voltou a ser rapper em apresentação na noite desta quinta-feira (19) no Rock in Rio. Ele fez um show curto, de meia hora de duração, com muitos fogos e dançarinas no palco Sunset, logo antes de Gloria Groove tomar o espaço.
De vermelho, Smith chegou cantando um par de rimas em português que o público teve dificuldade de entender, ao som do hit “Bad Boys”, do Inner Circle. Estrela de Hollywood, Smith era rapper nos anos 1980 e 1990 antes de se tornar ator e ficar conhecido pelo mundo todo.
Puxou “Gettin’ Jiggy Wit It” e “Miami”, músicas de 1997, e levou bandeiras de diversos países da América do Sul ao palco. O instrumental teve uma citação a “Magalenha”, de Carlinhos Brown em parceria com Sergio Mendes, morto há 13 dias, enquanto Smith repetia a palavra “festa”, em português mesmo.
Com carisma, o ator americano botou a plateia para dançar e bater palmas nesse rolê aleatório em que pulou, dançou e pareceu se divertir mais que o público. A base musical foi dinâmica e baseada numa EDM (electronic dance music) farofa, cheia de deixas para as pessoas levantarem os braços.
“Estou feliz por estar aqui no Brasil”, ele disse, em português. “Obrigado por todo o amor”, seguiu, desta vez em inglês. Em resposta, ouviu seu nome sendo gritado.
Recebeu o coral Cariocanto, do Rio de Janeiro, para uma performance de “You Can Make It”, rap de pegada emocional que ele lançou neste ano e soou como música de autoajuda inspirada na fase gospel de Kanye West. Outra desta leva recente foi “Work of Art”, um trap em que Smith diz ser uma obra de arte.
Parecia um esquete de comédia, em que era difícil saber se ele estava levando o show a sério ou fazendo uma piada. Também não era possível dizer se a plateia estava gostando de verdade ou ironicamente.
De qualquer forma, Smith acabou cantando no chão, em contato direto com o público. Agradeceu e pediu que gritasse conformem cantava “Summertime”, música de 1991 que lançou com o grupo DJ Jazzy Jeff & the Fresh Prince –nome que depois deu origem à série popular “Um Maluco no Pedaço”.
LUCAS BRÊDA / Folhapress